Segundo relato da Bloomberg, a Binance tentou uma amizade com o governo dos Estados Unidos. Mais precisamente, a empresa pediu cartas de agradecimento por colaborar com investigações.
Contudo, a tentativa não foi bem sucedida. Segundo um ex-agente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, Ken Joseph, a exchange está tentando ter um argumento contra as investigações em curso sobre sua atuação no país.
De qualquer forma, Joseph ressalta que nem mesmo as cartas ajudariam a Binance nesse sentido. “Mostrar uma carta de recomendação provavelmente não teria impacto na investigação”, explica.
Cartas de recomendação
Conforme os esforços regulatórios de diferentes países são direcionados às atividades da Binance, a exchange reforça repetidamente que auxilia os governos em suas investigações.
Inclusive, um detetive da Califórnia afirmou que a empresa realmente se mostra aberta a prestar auxílio. Entretanto, tais colaborações são de praxe no ramo financeiro, inclusive no Brasil.
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O “problema” envolve o pedido da Binance: que as autoridades enviem notas de agradecimento. Ao solicitar ao Departamento de Justiça dos EUA que o fizesse, a autoridade se negou.
Aos olhos do DoJ, sigla em inglês do Departamento, a empresa não fez mais do que sua obrigação. Representantes do DoJ não identificados afirmaram:
“A Binance é obrigada, por lei, a cooperar em investigações criminais. Desta forma, notas de apreciação não deveriam ser necessárias para garantir a cooperação da companhia.”
Qual a importância?
A importância da postura do DoJ tem a ver com o momento atual nos Estados Unidos envolvendo a Binance. Desde maio deste ano, o DoJ e a Receita Federal dos EUA estão investigando as atividades da empresa no país.
Assim, cartas de agradecimento serviriam como provas de cooperação, mostrando que a Binance é um dos “mocinhos”.
Ao negar tais documentos, o DoJ diz tacitamente que as ações de cooperação feitas pela companhia até agora não têm um peso especial.
Mais ainda, tendo em vista que diferentes países também estão investindo contra uma das maiores exchanges do mundo em volume, é possível que outros órgãos reguladores sigam os mesmos passos.
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