O bilionário norte-americano e criador do fundo de investimentos Duquesne Capital Stanley Druckenmiller mostrou sua recente desconfiança no Bitcoin como investimento, durante uma entrevista para o portal Bloomberg, nesta terça-feira, 04 de junho.
Entrevistado por Scott Bessent, fundador da Key Square Capital Management, Druckenmiller disse que ainda não estaria interessado em colocar nenhum centavo dos seus US$4,4 bilhões em Bitcoin. Ele defendeu sua posição durante a entrevista e citou que teria sido chamado de “neandertal” por causa da sua atitude.
“Eu não acho que sou um neandertal, que é pelo o que eu tenho sido chamado quando eu disse que não queria ter Bitcoin”, resumiu.
Druckenmiller acrescentou que ele não aposta a favor nem contra o Bitcoin, apenas não se interessa em investir no criptoativo. O bilionário também insinuou que não entendia a razão pela qual o Bitcoin tem valor inerente.
Seus comentários são os mesmos de outros investidores do mercado financeiro que também não veem o Bitcoin como investimento. O mais recente foi Peter Schiff, que apresentou argumentos semelhantes aos de Druckenmiller durante um acalorado debate com o autor do livro The Bitcoin Standard Saifedean Ammous.
Apesar de sua descrença com o Bitcoin, Druckenmiller não está alheio à indústria de criptoativos. No ano passado, ele chegou a fazer uma parceria com o ex-governador do Receita Federal dos EUA (Fed, na sigla em inglês) Kevin Warsh para a criação de uma stablecoin chamada “Fedcoin“.
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Druckenmiller afirmou que uma das barreiras à sua entrada no mercado seria a volatilidade do preço do Bitcoin.
“O que eu sei sobre o Bitcoin é que o conceito de que ele pode ser um meio de troca foi eliminado porque você não pode fazer transações, particularmente transações de varejo, com esse tipo de volatilidade”, disse ele em uma entrevista para a CNBC em dezembro.
Na entrevista à Bloomberg, o bilionário falou sobre outros tipos de investimentos que considera atrativos. Druckenmiller afirmou que os títulos do Tesouro se tornaram menos interessantes em meio à sua recuperação nos últimos dias, mas que eles são “o melhor investimento” se a economia se deteriorar.
“O ouro também não é um mau investimento”, acrescentou.
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