Quem diria? Philippe Laffont, fundador do renomado hedge fund Coatue Management, era um dos céticos em relação ao Bitcoin — mas agora admite que estava errado. Em uma reviravolta surpreendente, o bilionário não apenas reconheceu o potencial da criptomoeda como também previu que seu valor de mercado pode mais que dobrar, saltando dos atuais US$ 2,1 trilhões para US$ 5 trilhões.
Em entrevista à CNBC, Laffont admitiu que, no passado, subestimou o potencial do Bitcoin, mas agora vê a moeda digital como um dos ativos mais promissores da década. Ele incluiu o Bitcoin na lista “Fantastic 40” da Coatue, que reúne investimentos com alto potencial de valorização até 2030.
1. Criptomoeda está subvalorizada no mercado global
Laffont argumenta que, atualmente, o Bitcoin representa apenas 0,5% do total de ativos globais, que somam cerca de US$ 500 trilhões. Ele acredita que é razoável que a criptomoeda ocupe 1% a 2% desse montante, o que justificaria uma valorização significativa.
Para comparação, o mercado de ações global vale aproximadamente US$ 120 trilhões, enquanto o ouro está avaliado em US$ 20 trilhões. Se o Bitcoin atingir uma fatia maior desse mercado, sua capitalização pode, de fato, ultrapassar os US$ 5 trilhões.
2. Volatilidade do BTC está diminuindo
Outro fator que chamou a atenção de Laffont foi a redução da volatilidade do Bitcoin em relação aos mercados tradicionais. Recentemente, após o anúncio de novas tarifas comerciais pelo governo dos EUA, o Bitcoin caiu 11%, enquanto o Nasdaq 100 recuou 12% no mesmo período.
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“Sempre achei o Bitcoin incrível, mas sua volatilidade é o dobro ou o triplo da Nasdaq”, disse Laffont. “Parece que sua volatilidade como classe de ativos está diminuindo.“
3. Desdolarização e o futuro do Bitcoin
A crescente discussão sobre a desdolarização — com investidores buscando alternativas ao dólar americano — também pode beneficiar o Bitcoin. O Índice DXY, que mede o dólar frente a outras moedas, já caiu 10% este ano, refletindo uma perda de confiança na economia dos EUA.
Além disso, uma pesquisa do Bank of America em junho mostrou que mais da metade dos investidores globais acredita que ações internacionais terão melhor desempenho nos próximos cinco anos, contra apenas 23% que apostam no mercado estadunidense. Esse cenário pode impulsionar ativos alternativos, como o Bitcoin.
Laffont, que antes era cético em relação ao Bitcoin, agora considera seriamente investir na criptomoeda.
“Todos os dias eu penso: ‘Por que ainda não comprei?’ Às vezes, precisamos mudar de ideia e admitir que estávamos errados”, afirmou.
Se a previsão do bilionário se concretizar, o Bitcoin pode se consolidar como um dos ativos mais valiosos do mundo, atraindo ainda mais investidores institucionais e reforçando seu papel no mercado financeiro global.