O banco espanhol BBVA passou a recomendar que clientes de alta renda invistam de 3% a 7% de seus portfólios em criptomoedas, conforme declarou nesta terça-feira (4) Philippe Meyer, chefe de soluções digitais e blockchain do BBVA Suíça. A orientação varia de acordo com o perfil de risco do investidor.
“Com clientes privados, desde setembro do ano passado, começamos a aconselhar sobre Bitcoin. Para os perfis mais arrojados, permitimos até 7% de exposição a cripto”, disse Meyer durante a conferência DigiAssets, realizada em Londres.
Conforme noticiou a Reuters, a recomendação atual se limita ao Bitcoin (BTC) e ao Ethereum (ETH). No entanto, Meyer afirmou que o BBVA pretende incluir outras criptomoedas nas orientações ainda em 2025.
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BBVA recomenda investimento em criptomoedas
A medida posiciona o banco como um dos primeiros de grande porte global a não apenas executar ordens de compra de criptoativos, mas a orientar ativamente seus clientes a investir no setor.
De acordo com Meyer, o BBVA já vinha atendendo a pedidos de compra de criptomoedas desde 2021. Contudo, a mudança recente marca uma abordagem mais direta e estratégica.
“Ao introduzir 3% de cripto em um portfólio balanceado, você já melhora o desempenho. E com 3%, o risco não é tão elevado”, explicou o executivo à agência Reuters.
O novo posicionamento do BBVA surge em um momento de recuperação do mercado cripto. O Bitcoin atingiu um novo recorde histórico em maio, após superar as quedas vividas em 2022, quando diversas exchanges de criptoativos, como a FTX, colapsaram. A retomada foi favorecida por fatores como a postura favorável ao setor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Embora o setor continue sob alerta de autoridades reguladoras, como a Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA), que reforçou em 2024 que 95% dos bancos da União Europeia não atuam com criptoativos, o BBVA avança como exceção à tendência predominante no bloco.