Atualmente, as criptomoedas não representam qualquer risco para as moedas fiduciárias. A conclusão partiu de alguns representantes de bancos centrais presentes na conferência Money20/20, que está sendo realizada em Amsterdã, na Holanda.
No evento, durante uma palestra, intitulada “Criptomoeda, a Questão Central (Banco)”, representantes do Banco Nacional Suíço, do Banco da Lituânia, do Banco da Inglaterra e do Banco do Canadá se revezaram no debate. Como mostra o portal de notícias Cointelegraph, Thomas Moser, membro suplente do conselho de administração do Banco Nacional Suíço, argumentou que “enquanto os bancos centrais fizerem um bom trabalho, não há risco real deles desaparecerem”.
No entanto, durante as reuniões do G20, as autoridades presentes concluiram que justamente pelo atual sistema conter falhas ao lidar com a nova economia digital é que as criptomoedas ocuparam esta lacuna deixada pelos mercados tradicionais.
Outros participantes do painel, como Martin Etheridge, chefe de divisão do Banco Central da Inglaterra, destacou que as criptomoedas são importantes mas que “não vê muita perspectiva de que esta interação com criptoativos venha a substituir as moedas fiduciárias”, embora tenha acrescentado “quem sabe o que o futuro trará”.
Quem também tem uma percepção de que a integração das criptomoedas na sociedade pode acontecer, mas não agora, é o presidente do Bank of England, Mark Carney, que disse, em outro momento, que o banco estava aberto à ideia de uma criptomoeda emitida pelo banco central, mas acrescentou que a adoção das criptomoedas não acontecerá em breve e que atualmente elas não são consideradas dinheiro.
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Já o Dr. Marius Jurgilis, do Banco da Lituânia, esclareceu que os criptoativos e uma criptomoeda emitida pelo banco central são duas coisas separadas, acrescentando que o principal produto do banco central é “a questão da confiança”.