O Banco Central do Brasil (BCB) e Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) se uniram para explorar o futuro das finanças digitais por meio de uma parceria inovadora. Na segunda-feira (28), os dois bancos centrais anunciaram a integração de suas infraestruturas experimentais de moedas digitais, o Drex (Brasil) e o Ensemble (Hong Kong), para realizar testes conjuntos com tokenização e pagamentos internacionais.
De acordo com o anúncio, a colaboração entre as duas instituições permitirá experimentos com o uso de tecnologias de liquidação de pagamentos, com foco em comércio internacional e créditos de carbono. Esses testes envolvem o pagamento versus pagamento (PvP) e a entrega versus pagamento (DvP).
Para isso, o Brasil traz a experiência do Drex, sua moeda digital para o mercado financeiro. Enquanto isso, Hong Kong contribui com o Sandbox Ensemble, lançado recentemente para testar aplicações em finanças verdes e sustentáveis, fundos de investimentos e gestão de liquidez.
Parceria Brasil x Hong Kong
O Drex, plataforma digital em desenvolvimento no Brasil, integra um amplo grupo de empresas do setor financeiro, com mais de 70 instituições envolvidas no projeto. Desde setembro deste ano, o Banco Central incluiu 13 temas para a segunda fase do programa piloto. O objetivo é apoiar a construção de um mercado financeiro tokenizado no país.
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A união com a HKMA fortalece esse propósito, permitindo ao BCB testar soluções de integração de pagamento digital entre diferentes países.
O início da parceria entre o BCB e a HKMA remonta a 2018. Na época, os países assinaram um acordo de cooperação a fim de promover a inovação nos serviços financeiros de ambos os mercados. Agora, o avanço tecnológico de cada país amplia a colaboração.
Conforme destacou Eddie Yue, chefe executivo da HKMA, o projeto Ensemble surge como um marco na evolução da tokenização, e que o BCB se mostra um parceiro ideal devido à visão compartilhada sobre o futuro das finanças digitais. Para ele, a sinergia entre os dois países está moldando o futuro do setor financeiro.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, ressaltou que a parceria é fundamental para a evolução do Drex. Ele afirma que a participação do Brasil em experimentos globais de transações digitais contribui para um mercado financeiro internacional mais integrado. De acordo com Campos Neto, conectar duas jurisdições tão distantes reforça o potencial de cooperação entre os mercados financeiros globais.
Essa parceria entre Brasil e Hong Kong aponta para uma nova era de inovações financeiras, abrindo espaço para que tecnologias digitais melhorem a eficiência e a integração das finanças globais.