A SG Forge, divisão de criptomoedas do banco francês Société Générale, planeja lançar uma stablecoin lastreada em dólar americano nas blockchains Ethereum e Solana. Essa stablecoin se chamará USD CoinVertible (USDCV), mas cidadãos dos Estados Unidos não poderão negociar o novo token.
De acordo com o anúncio do banco, as negociações do USDCD começarão no início de julho. O banco francês terá a parceria do seu par americano Bank of New York Mellon, que atuará como custodiante de reserva do token.
Com essa medida, o Société Générale torna-se o primeiro grande banco a criar uma stablecoin lastreada no dólar americano. Mas, antes disso, em 2024, o banco francês já havia lançado uma outra stablecoin, a EURCV, que tem lastro no euro. Ambas as moedas seguem a nova legislação de criptoativos da União Europeia, a MiCA, aprovada em 2023.
Pioneirismo francês
À medida que países aprovam mais regras para o mercado de criptomoedas em todo o mundo, a pressão sobre os bancos para que participem da integração de stablecoins aumenta. Outrora rejeitados, agora estes tokens estão cada vez mais presentes nas chamadas finanças tradicionais (TradFi).
Nesse sentido, o Société Générale foi pioneiro mais uma vez. Afinal, o token EURCV foi um dos primeiros lastreado em euros a ser aprovado sob as regras da MiCA. Com o USDCV, o banco oferece mais uma inovação e permite que os seus clientes possam operar um token lastreado na moeda dos EUA.
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O envolvimento do BNY Mellon permite uma integração perfeita entre os ecossistemas financeiros tradicionais e digitais, afirmou a SG Forge em um comunicado à imprensa.
“Após o lançamento de uma stablecoin em euros (EURCV) compatível com a MiCA, o lançamento de uma versão em dólares americanos foi o próximo passo óbvio para a Société Générale–FORGE, visto que a adoção de stablecoins pelo mercado está crescendo exponencialmente”, afirmou Jean-Marc Stenger, CEO da SG Forge.
Expansão das stablecoins
Stablecoins são tokens digitais cujo valor está atrelado a um ativo real, como dólar, euro ou até ouro. Tais moedas servem como uma forma de expandir o uso de moedas fortes, sobretudo em populações de países mais pobres.
Como as stablecoins funcionam via blockchain, é possível comprá-las sem pagar impostos e negociar 24 horas por dia, sete dias por semana. Na Bolívia, por exemplo, a crise financeira levou a USDT, maior stablecoin do planeta, a virar unidade de conta em vários locais. Ou seja, já existem estabelecimentos que mostram os preços em USDT e não em bolivianos, a moeda local.
A USDT da Tether, que possui US$ 155 bilhões em valor de mercado, de acordo com dados do CoinGecko, lidera este mercado. Em seguida vem a USDC, emitida pela Circle, é o segundo colocado, cujo valor de mercado é de US$ 60 bilhões.
“O mercado de stablecoins continua sendo amplamente denominado em dólares americanos. Esta nova moeda permitirá que nossos clientes, sejam instituições, empresas ou investidores de varejo, aproveitem os benefícios de uma stablecoin de nível institucional”, afirmou o Société Générale no comunicado.
Nem o USD CoinVertible nem o EUR CoinVertible estão disponíveis para cidadãos dos EUA, afirmou o SG Forge.
