O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), autoridade bancária do país, atualmente, não tem planos de emitir uma criptomoeda do banco central (CBDC, na sigla em inglês), citando preocupações com a estabilidade financeira.
Em uma observação de encerramento em uma conferência com o Fundo Monetário Internacional e a Agência de Serviços Financeiros do Japão nesta segunda-feira, 16 de abril, Masayoshi Amamiya, vice-governador do BoJ, disse que a emissão de uma moeda digital diretamente para os consumidores – mesmo em uma blockchain – poderia minar o sistema existente de dois níveis.
Atualmente, os bancos centrais só dão acesso a entidades limitadas, como os bancos privados, que enfrentam diretamente os consumidores em um segundo nível – um processo que Amamiya elogia como “a sabedoria dos seres humanos na história para alcançar eficiência e estabilidade no sistema monetário”.
Como tal, o vice-governador seguiu em frente explicando que ter uma moeda digital apoiada pelo banco central vai mudar o sistema sem provar ser financeiramente estável.
Amamiya declarou:
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“A este respeito, a emissão de moeda digital do banco central para uso geral poderia ser análoga ao permitir que famílias e empresas tenham diretamente contas no banco central. Isso pode ter um grande impacto no mencionado nos mediadores financeiros do sistema monetário e nos bancos privados.”
Dito isso, Amamiya não descarta totalmente a possibilidade de considerar uma criptomoedas do próprio banco no futuro, uma vez que já começou a investigar a tecnologia blockchain, embora atualmente apenas para aplicações de negócios.
Como relatado anteriormente, através de uma parceria com o Banco Central Europeu, o BoJ iniciou uma iniciativa chamada Project Stella, que publicou recentemente resultados de pesquisas sobre como a tecnologia de contabilidade distribuída pode criar novos mecanismos de liquidação de títulos.