No mês passado, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou a lista das instituições selecionadas para participar do Piloto do Real Digital – a moeda digital nacional (CBDC). Nessa lista inicial, o Mercado Bitcoin e a Caixa Econômica Federal haviam ficado de fora. Mas agora, segundo reportagem do Valor Econômico, o BC reabilitou as duas instituições a participar do piloto.
A exchange de criptomoedas brasileira está em um consórcio com a empresa de bandeira de cartões Mastercard, com a corretora Genial, com a registradora Cerc e com a fintech de software financeiro Sinqia.
“Nossa participação valida a intenção do Banco Central de trazer inovação para o sistema financeiro com quem já vinha trabalhando com essa tecnologia e não apenas com os incumbentes que se apropriaram dela”, disse Fabricio Tota, diretor de novos negócios do MB.
Mercado Bitcoin participará do piloto do Real Digital
Enquanto isso, a Caixa faz parte de um consórcio que também conta com a empresa de bandeira Elo e com a gigante de tecnologia Microsoft.
Dessa forma, as empresas se juntam à lista inicial do BC que continha 14 consórcios, incluindo as empresas de criptomoedas (cripto-nativas) Foxbit, Parfin e Ntokens. Também foram selecionados Nubank, Bradesco, Banco Inter, Santander, Sicoob, Sicredi, XP, Visa, Banco BTG, Itaú Unibanco, B3, Original, Banco do Brasil, entre outras instituições. As empresas de tokenização de ativos Liqi e Vórtx QR ficaram de fora.
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Conforme o BC, os testes do Piloto do Real Digital estão previstos para começar nos próximos dias e devem durar cerca de 18 meses.
De acordo com a autoridade monetária do Brasil, nessa fase do Piloto, o BC vai testar funcionalidades de privacidade e programabilidade. Para isso, vai implementar um caso de uso específico. O Banco Central vai testar um protocolo de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de instituições diferentes, além dos serviços que compõem essa transação.
O Mercado Bitcoin recebeu autorização para atuar como uma instituição de pagamentos no dia 2 de junho. O consórcio do qual a exchange faz parte pretende testar aspectos técnicos da rede e o modelo de governança em tecnologia distribuída.