O Banco Central da Venezuela está sendo acusado de não cumprir a promessa de “trocar” a criptomoeda Petro por bolívares, conforme havia anunciado anteriormente. As reclamações começaram a surgir nas redes sociais depois que os comerciantes exigiram que o Banco da Venezuela liquidasse seus fundos para as vendas de dezembro e janeiro processadas em Petro.
Os proprietários dos estabelecimentos divulgaram seu descontentamento no Instagram e no Twitter, já que por 10 dias não recebiam pagamentos do banco, portanto, corriam o risco de não reabastecer mercadorias e pagar fornecedores.
A situação ficou mais delicada desde que o banco anunciou, no dia 4 de janeiro, que a plataforma de ponto de venda da Biopago, com a qual o usuário realiza a compra com Petro nos estabelecimentos, entraria na fase de manutenção por uma semana, desta forma, suspendendo as operações com a criptomoeda até o dia 10 de janeiro, mas que segundo relatos não foi ativado até o momento da publicação deste artigo.
Uma das maiores preocupações das pessoas afetadas é que o dinheiro que lhes é devido pelo banco todos os dias perde valor devido à precária situação econômica na Venezuela que permanece em recessão e com hiperinflação. Os comerciantes pedem também que os fundos sejam transferidos à taxa Petro atual e não como estava sendo cotada há 10 dias.
Este é o requisito de Yaisibit Rojas, que, a partir de sua conta no Instagram, enviou sua abordagem à instituição financeira:
“O dinheiro desvalorizado. Não é justo, é por isso que não foi tudo cor de rosa. Devolva o dinheiro, mas em troca do Petro de agora”.
Segundo o próprio banco, o preço do Petro para segunda-feira, 13 de janeiro, é de 4.032.839 bolívares à venda, enquanto para 2 de janeiro o preço era de 2.797.249 bolívares, conforme a cotação oferecida pelo Banco Central do Brasil. Venezuela (BCV).
Em outras palavras, se o banco hoje liquidar os valores em bolívares pelo preço do Petro em 2 de janeiro, os comerciantes registrarão uma perda de 31% no valor de seu dinheiro.
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