Nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, a procuradoria de Nova York e o FBI prenderam o pesquisador de projetos especiais da Ethereum Foundation, Virgil Griffith. De acordo com a acusação, Griffith teria participado de uma discussão que abordou o uso do blockchain para “evitar sanções econômicas” e para lavar dinheiro em uma conferência na Coreia do Norte. As informações foram publicadas pelo Departamento de Justiça dos EUA, em 29 de novembro.
De acordo com o processo, Griffith, que lidera o desenvolvimento da tecnologia blockchain da Ethereum, teria violado a Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência (IEEPA, sigla em inglês) ao viajar para a Coreia do Norte. O advogado dos EUA Geoffrey S. Berman declarou que:
“Griffith colocou em risco as sanções que o Congresso e o presidente promulgaram para pressionar ao máximo o regime perigoso da Coréia do Norte”.
Ele se defende, afirmando que sua apresentação continha apenas informações básicas que podem ser acessadas online.
Já o procurador-geral assistente, John Demers, destacou que Griffith recebeu avisos para não ir à Coreia do Norte e mesmo assim decidiu participar do evento e ir até “um dos principais adversários dos Estados Unidos”. O diretor assistente encarregado do FBI, William F. Sweeney Jr., complementou, afirmando que o pesquisador tinha conhecimento que estava infringindo a lei.
Na queixa lacrada no tribunal federal de Manhattan consta a resolução da IEEPA e da Ordem Executiva 13466 que determina que as pessoas no Estados Unidos são proibidas de exportar quaisquer bens, serviços ou tecnologia para a República Popular Democrática da Coréia sem uma licença do Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro.
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A sentença máxima para esse crime é de até 20 anos de prisão, conforme informado no processo.