Segundo o artigo publicado pela agência de notícias Coindesk, uma agência federal australiana está desenvolvendo uma blockchain nacional que permitirá às empresas realizar transações baseadas em contratos legais inteligentes.
A Organização de Pesquisas Científicas e Industriais da Commonwealth (CSIRO, na sigla em inglês) disse nesta quarta-feira, 29 de agosto, que seu braço de pesquisa, o Data61, está trabalhando com o escritório de advocacia Herbert Smith Freehills e com a IBM para conduzir um piloto de uma nova plataforma chamada Australian National Blockchain (ANB).
A tecnologia destina-se a permitir que as empresas automatizem transações com base em termos legais pré-definidos – projetados para atender às regulamentações australianas – codificados em contratos inteligentes em uma rede blockchain acionada pela IBM.
O esquema configurará contratos inteligentes que têm a capacidade de registrar fontes de dados externas, como dispositivos da Internet of Things (IoT), e podem se auto-executar quando as condições especificadas forem atendidas.
“Por exemplo, sensores de canteiros de obras poderiam registrar a hora e a data de entrega de uma carga na blockchain e registrar um contrato inteligente entre a empresa de construção e o banco que notificaria automaticamente o banco de que os termos foram cumpridos naquela entrega de carga”, a agência explicou no anúncio.
O grupo disse que o piloto deve começar no final de 2018 e planeja convidar reguladores, bancos, escritórios de advocacia e outras empresas do país para participar. Em última análise, planeja que as empresas australianas possam unir-se à rede para aproveitar seus contratos digitalizados, trocar dados e confirmar a autenticidade e o status dos contratos legais.
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O esforço segue uma pesquisa recente realizada pela Data61 em 2017, com o pesquisador Dr. Mark Staples dizendo que a tecnologia de contabilidade distribuída é uma “oportunidade significativa para a Austrália criar benefícios de produtividade e impulsionar a inovação local”.
A CSIRO indicou que pretende lançar a tecnologia para mercados além da Austrália, se o teste piloto for bem sucedido.