A Comissão de Valores Mobiliários e Investimentos da Austrália (ASIC, na sigla em inglês) revelou planos para aumentar o escrutínio das exchanges de criptomoedas e das ofertas iniciais de moedas (ICO, na sigla em inglês) em seu “Plano Corporativo” publicado na última semana.
A ASIC, que atua como um órgão de supervisão para operadores do mercado financeiro, destacou o setor de câmbio como uma área prioritária até 2022. De acordo com a agência de notícias Cointelegraph, o órgão planeja garantir que quaisquer “ameaças de danos” à indústria nascente sejam mitigadas como parte de seu mandato regulador.
“Potenciais danos causados pela tecnologia impulsionada pelo crescente ambiente digital e mudanças estruturais nos serviços e mercados financeiros”, anunciou a ASIC, continuando:
“Continuaremos a focar no monitoramento de ameaças de danos de produtos emergentes (por exemplo, ICOs e criptomoedas), resiliência cibernética, gerenciamento adequado de soluções tecnológicas por firmas e mercados, e má conduta que seja facilitada por ou por meio digital e/ou cibernético.”
No curto prazo, entretanto, a ASIC pretende observar de perto as ICOs em particular, novamente com o objetivo de garantir um comportamento compatível.
“Vamos monitorar produtos emergentes, como ICOs, e intervir onde houver mau comportamento e danos potenciais aos consumidores e investidores”, descreve o relatório que traz um dos “projetos” de 2018-19 do órgão
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Uma segunda área de foco para o próximo ano, acrescenta a ASIC, será “o desenvolvimento de nossa abordagem para aplicar os princípios de regulamentação de provedores de infra-estrutura de mercado às exchanges”.
A Austrália é um dos países que tem buscado adotar cada vez mais a tecnologia blockchain. O governo australiano já anunciou a intenção de criar uma blockchain nacional que permitiria que as empresas do país utilizassem contratos inteligentes. A bolsa de valores do país pretende adotar uma tecnologia de livro-razão distribuído (DLT) que pode trazer uma economia de bilhões de dólares para os processos. E o estado de Queensland pretende investir US$100 mil em startups que trabalhem com a tecnologia, com o objetivo de incentivar o turismo local.