A Atlas, plataforma de investimento e arbitragem de criptomoedas, anunciou nesta quinta-feira, 26 de setembro, a compra da AnubisTrade, em um negócio que pegou o mercado brasileiro de criptomoedas de surpresa. Entretanto, um levantamento feito pelo CriptoFácil, revelou que embora a empresa tenha recursos para comprar empresas de terceiros, ações judiciais contra ela continuam.
Em alguns casos, clientes alegam que a Atlas não quitou nem mesmo saques equivalentes a Bitcoin avaliados em menos de R$1 mil. Nesta sexta-feira, 27 de setembro, o Diário Oficial do Estado de São Paulo traz mais uma tutela de urgência contra empresa que já tem mais de 30 dias de atraso nas solicitações. Na decisão publicada hoje, a justiça determina uma multa de R$1 mil caso a ordem não seja cumprida.
“DEFIRO o pedido de tutela de urgência para DETERMINAR que a requerida efetue o saque solicitado, depositando na conta bancária indicada pelo autor quando da operação, conforme cotação do dia, o valor integral disponível na conta do requerente, nos termos contratados, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de multa diária que fixo no patamar de R$ 1.000,00, por descumprimento, por ora, até o limite de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).”
Já em decisões anteriores, segundo levantamento do CriptoFácil, a Atlas, mesmo sendo notificada judicialmente para realizar a transferência dos Bitcoins, não cumpriu as determinações judiciais e ainda “deve” cerca de 0.9 Bitcoins para um cliente e 5.06 para outro. Em um dos processos, a Atlas sequer se manifestou sobre a demanda e, até o momento, ignorou por completo o processo.
A crise nos saques da Atlas começou após a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) determinar a suspensão de uma oferta de investimento coletivo. Em notas encaminhadas à imprensa, a Atlas informa que não comenta processos individuais e que se manifestará nos autos dos processos.
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