O atual presidente da Venezuela Nicolás Maduro acaba de ser “derrubado” graças ao ativismo e a presença do Bitcoin.
Pelo menos é isso que propõe o grupo Cryptograffiti, que realizou um retrato de 3×3 metros do líder venezuelano para ser destruído em uma analogia do que desejam os ativistas. O ato, como mostra o a agência de notícias Coindesk, ocorreu na Ponte Simón Bolívar, um dos locais que retrata a crise pela qual o país vem passando e é usado por centenas de milhares de venezuelanos para fugir do regime bolivariano de Maduro.
Desde que Maduro assumiu o cargo em 2003, a Venezuela sofreu uma inflação drástica, fome e declínio sócio-econômico. E nos últimos meses, a situação piorou. No fim de semana passado, a violência estourou na fronteira com o Brasil, enquanto os militares venezuelanos tentavam bloquear a entrada de alimentos e suprimentos médicos na Venezuela.
Em busca de se posicionar frente a este cenário de violência e para mostrar como o Bitcoin pode ser uma ferramenta importante contra os desmandos dos políticos, o Cryptograffiti fez uma parceria com a AirTM, uma exchange de criptomoedas mexicana, e com a Cripto Conserje, empresa que também atua no mercado de criptoativos, para realizar a ação que consiste em: para cada doação feita com Bitcoin, um venezuelano removerá fisicamente uma parte do mural.
Desta forma, segundo os organizadores, “os venezuelanos vão, literal e figurativamente, derrubar Maduro”, disse. Os valores arrecadados serão usados para ajudar a população do país, sendo que 50% das doações serão destinadas a auxiliar o povo venezuelano, enquanto os outros 50% serão destinados à reconstrução da Fundación Renacer, uma organização sem fins lucrativos que fornece serviços de creches para famílias deslocadas pela crise.
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Até o momento da escrita, mais de 100 partes já foram removidas e cerca de 2.7 BTC arrecadados. Para conferir o evento e também fazer contribuições ao projeto, é preciso acessar o site AirdroopVenezuela.
“As pessoas estão usando isso [Bitcoin e criptomoedas] para evitar a hiperinflação, mas também para fugir com dinheiro. Todas as coisas sobre as quais falamos como sendo as grande possibilidades das criptomoedas estão acontecendo agora na Venezuela”, concluiu o grupo.
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