O mercado de criptomoedas no Brasil está buscando fortalecimento e reconhecimento institucional e, enquanto a Câmara dos Deputados em Brasília ainda ensaia movimentos regulatórios, que possivelmente serão paralisados durante este ano por conta do calendário eleitoral, grandes player do mercado nacional estão se organizando para lançar nesta quinta-feira, 12 de abril, em São Paulo, a ABCB – Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain.
Segundo um comunicado distribuído para a imprensa:
“Um dos objetivos da entidade é promover uma melhor interlocução com o poder público, permitindo que tanto o mercado como a sociedade se beneficiem do desenvolvimento tecnológico e da inovação, característicos do setor de criptomoedas e blockchain.”
Embora ainda não tenham sido divulgadas mais informações sobre a entidade, ela é presidida por Fernando Furlan, ex-presidente do CADE e com ampla experiência no setor governamental (secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, presidente do Conselho de Administração do BNDES e da BNDESPAR, membro do grupo de especialistas do sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL e membro do grupo consultor de especialistas das Nações Unidas (UNCTAD) em programas de defesa da concorrência e do consumidor).
Recentemente, Furlan ressaltou que sua vida está ligada à inovação e disse que, em breve, começará a conversar com representantes do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), além de representantes do Congresso Nacional, por meio de uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para esclarecer eventuais dúvidas sobre a dupla cripto/blockchain.
“É compreensível que as autoridades em vários locais do mundo estejam preferindo ficar com um pé atrás, mas não se pode matar um mercado que está nascendo”, disse.
A associação surge em meio à uma forte expansão dos criptoativos, que no Brasil movimentou cerca de R$8 milhões no ano passado, num total de 444,43 mil bitcoins negociados. Previsões do mercado apontam que há potencial de volume anual entre R$18 e R$45 bilhões neste ano, segundo dados da BitValor.
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