O crescimento do Bitcoin e de outras criptomoedas tem atraído milhares de novos usuários e investidores e, muitas vezes, essas pessoas acabam correndo riscos de perder suas moedas digitais cometendo simples erros ou sofrendo hacks. Por isso, o Venture Beat, site de notícias sobre tecnologia, montou uma lista das 3 maiores ameaças ao Bitcoin e 10 dicas de como prevenir-se contra elas.
Ameaça 1- Falha humana
Ironicamente, a maior ameaça às suas moedas digitais poderia ser você mesmo. É comum ouvir histórias de pessoas que perderam suas senhas e consequentemente nunca mais puderam acessar suas moedas digitais. A falha humana é real e pode acontecer com qualquer um.
Dica 1
Quando for enviar ou receber criptomoedas, sempre copie e cole o endereço (alfanumérico) e nunca digite-o. Depois disso, leia, releia e confirme o endereço.
Dica 2
Nunca compartilhe a sua chave privada com outras pessoas ou empresas. Essa exposição poderia te expor ainda mais e portanto, aumentar os riscos.
Dica 3
Não envie uma criptomoeda específica para o endereço de uma outra criptomoeda. Por exemplo, se enviar Bitcoin para um endereço de Ethereum, você perderá seus Bitcoins. Verifique atentamente antes de enviar.
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Ameaça 2 – Falha externa
Considere a possibilidade de falha humana e multiplique-a pela quantidade de pessoas que têm controle sobre suas moedas digitais. É comum ouvir casos de empresas do universo cripto que tinham lacunas de segurança e acabaram perdendo milhões de seus clientes em ataques hacks ou em simples falhas cometidas por integrantes das equipes de desenvolvedores.
Dica 4
Não utilize carteiras que armazenam suas chaves privadas para você, afinal quem possui a chave privada é quem tem poder sobre a moeda digital.
Dica 5
Divida seus investimentos em diversas plataformas para diversificar o risco. Por exemplo, se você planeja vender R$2 mil, não há necessidade de manter todos os seus fundos em uma corretora (suponha que possui um total de R$20 mil). Você eliminaria algum risco se mantivesse o restante dos seus fundos em uma carteira de armazenamento offline (hardware wallet), afinal se a corretora for hackeada, você só perderá os R$2 mil que estavam lá para ser comercializados.
Dica 6
Se você participar de uma oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês), você precisa usar uma carteira parecida com a MyEtherWallet, pois assim você terá o total controle sobre o investimento realizado. Quando as ICOs lançarem seus tokens, eles enviarão de volta os investimentos para o endereço que você usou para investir inicialmente. Se você investiu através de uma corretora, provavelmente não terá acesso aos créditos dos tokens.
Ameaça 3 – Players mal-intencionados
O Bitcoin e outras criptomoedas, como o nome já diz, são baseadas em criptografia, o que teoricamente deveria torná-las impossíveis de serem hackeadas. Porém, as corretoras e as carteiras de criptomoedas estão suscetíveis a ataques, como temos acompanhado em alguns casos nos últimos anos.
Dica 7
Se você não tomar cuidado, pode acabar caindo em ataques de phishing em corretoras. Esses ataques enviam mensagens urgentes aos usuários, os levam a um site quase idêntico ao site da corretora de criptomoedas e solicitam que digitem suas informações privadas de login. Além disso, esses sites falsos podem infectar o seu computador com um vírus. Salve o site da sua corretora ou digite-o diretamente no browser toda vez que for acessá-lo e certifique-se de que você está acessando o site correto.
Dica 8
Ao cadastrar-se em uma corretora ou em uma carteira, use sempre as opções de segurança disponíveis. Prefira a autenticação de dois passos (2FA, na sigla em inglês), o autenticador do Google ao invés de SMS, senhas fortes e contas de e-mails seguras.
Dica 9
Grandes quantidades de dinheiro digital devem ser armazenadas em uma carteira de armazenamento offline (hardware). Essas carteiras não estão conectadas à internet e suas moedas digitais estão 100% seguras desde que não estejam online.
Dica 10
Verifique sempre os endereços antes de enviar moedas digitais. Existe um tipo de vírus chamado CryptoShuffer, que espera que um usuário infectado cole um endereço ao destinatário, alterando o endereço original por um pertencente à carteira do hacker.
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