Em um lançamento que começou cheio de polêmica, a Arbitrum tentou aprovar uma proposta que permitia o gasto de pelo menos US$ 10 milhões em tokens. Depois de um protesto da comunidade contra a confusão que a primeira proposta de governança criou, a Fundação Arbitrum decidiu recuar.
De acordo com um tuíte publicado na quarta-feira (5), a Fundação dividirá a proposta AIP-1 em várias propostas menores. Mas acima de tudo, a organização afirmou que não venderá nem moverá seus tokens, que correspondem a cerca de 700 milhões de ARB.
“A Fundação aguardará que a DAO da Arbitrum aprove um orçamento aceitável e um cronograma de fechamento. Até isso acontecer, não moveremos os 700 milhões de tokens restantes na Carteira de Orçamento Administrativo”, disse a mensagem.
Fim de possível venda
Os tokens que a Arbitrum citou pertencem à Fundação, mas ela não poderia vendê-los pelo menos até 2024. A princípio, a Fundação colocou a venda de tokens como certa, e a votação apenas ratificaria essa proposta. Mas a repercussão negativa fez a empresa mudar de ideia e paralisar esta venda. Agora, a operação só ocorrerá após a DAO aprovar a proposta.
Nesse sentido, a DAO pretende estabelecer um orçamento aceitável e um cronograma de fechamento de contrato inteligente robusto. Outro ponto é que a Fundação resolveu dividir a AIP-1 em outras três propostas diferentes, cada qual trata sobre um tópico.
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Em primeiro lugar vem relatório de transparência sobre a configuração inicial da Fundação para esclarecer qual é o seu papel. Em seguida está a AIP-1.1, que discute prazo de trava na venda dos tokens, orçamento da rede e transparência. Por fim, a AIP-1.2 fornece detalhes sobre emendas aos documentos fundadores existentes.
Arbitrum reorganiza governança
Embora também proponha princípios e categorias orçamentárias bem definidas, bem como relatórios de transparência obrigatórios, a AIP-1.1 propõe alterar os principais documentos administrativos do DAO. Nesse sentido, a proposta reduz o limite de 5 milhões para 1 milhão de tokens para tornar a governança mais acessível. Além disso, revisa os estatutos da Fundação de modo a eliminar quaisquer referências à AIP-1 original.
“Em vez de pedir à DAO para votar em ações que já foram tomadas, a AIP-1.2 propõe usar a capacidade da DAO de fazer alterações nesses parâmetros iniciais para incorporar o feedback da comunidade”, afirmou o comunicado.
Em outras palavras, a Arbitrum pretende criar ferramentas para aumentar a participação dos usuários, que são os detentores dos tokens. Mas é preciso verificar se tal medida funcionará na prática, sobretudo após o abalo de confiança gerado pela AIP-1.
A notícia não impactou significativamente o preço do ARB, que chegou a subir 0,2% ao longo da manhã, mas opera em queda de 0,3% às 14h. O preço do token vale cerca de US$ 1,24, ou R$ 6,13 na cotação atual.