O Clube Athletico Paranaense (CAP) anunciou nesta terça-feira, 19 de março, a suspensão de uma parceria com a empresa Inoovi, anunciada em julho de 2018. Segundo a Gazeta do Povo, a Inoovi não efetuou o pagamento dos valores devidos ao clube em função da parceria, o que levou ao rompimento.
Os sinais de que a parceira deixou de existir podem ser vistos no site do clube. Não há nenhuma menção à Inoovi nem à sua criptomoeda, a IVI. O clube também não estampa a marca da empresa em algumas partidas, algo que ocorreu com frequência em 2018.
Na época do fechamento da parceria, Petraglia fez o anúncio na TV oficial do clube, a TV CAP, juntamente com Loic Lacam, presidente da Inoovi. Na ocasião, o dirigente afirmou que o negócio representava “um marco de inovação no futebol brasileiro”, e que a criptomoeda seria utilizada no pagamento de salários de atletas, contratações, pagamento de direitos econômicos e outros serviços.
“O Atlético Paranaense, dentro da sua cultura e filosofia de inovação e vanguarda, fica lisonjeado por esta alternativa [oportunidade] que nos foi dada, de sermos escolhidos dentre os maiores clubes do mundo”, disse Petraglia na época. Na ocasião, ele convocou os torcedores a “ajudar e investir, participando com os recursos de suas poupanças”.
Outros clubes brasileiros firmaram parceria com a Inoovi, como o Cruzeiro, Atlético-MG e Flamengo. Nenhum deles se manifestou até o momento.
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Tanto o presidente do Athletico, Mário Celso Petraglia, quanto os representantes da Inoovi não comentaram sobre o caso. O clube, entretanto, não processou judicialmente a Inoovi.
A empresa afirmou que emitiu 10 bilhões de tokens, cada um valendo US$2. No momento, um IVI está custando cerca de US$0,02. Se o presidente do Athletico realmente “participou, pessoalmente, fez parte da compra dessa moeda como investimento em suas poupanças pessoais”, como disse que faria no anúncio, certamente amargou um grande prejuízo – assim como o clube.
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