Para justificar sua afirmação, o analista, em um artigo distribuído recentemente à imprensa, destaca que a relação custo/preço nos ativos é totalmente diferente e esta diferença tem um impacto enorme no sistema financeiro atrelado à tulipa e aos criptoativos.
“[assim como a tulipa o Bitcoin] tem um custo para ser produzido (…) entre eles, energia elétrica, pessoal, equipamentos, e a dificuldade de mineração. O valor de mercado do Bitcoin é o fator mais importante para os mineradores, o que torna a atividade rentável e atraente. Mas todo esse interesse, também faz aumentar os custos de mineração. Ou seja, quanto mais o Bitcoin se valoriza, mais caro é o seu custo de produção. O Bitcoin sempre terá seu custo atrelado ao preço. Em alguns momentos, inclusive, o preço estará abaixo do custo de produção, levando o minerador a não vender o Bitcoin minerado até que seu preço suba novamente ao patamar esperado”, afirma Maurer.
Segundo o analista, o mercado de baixa verificado em 2018, assim como a pequena recuperação em 2019 mostram inclusive a saúde e a liquidez do mercado de criptoativos e, desta forma, é impossível ser comparado à “febre das tulipas”, pois os ativos, assim como o contexto histórico no qual estão inseridos, mostra a total diferença entre eles.
Maurer questiona os analistas que insistem na comparação e clama para que eles enxerguem o Bitcoin não apenas como um ativo especulativo.
“Para todos os efeitos, é preciso entender que o ineditismo do conceito e da tecnologia das criptomoedas torna impossível compará-las a qualquer outro ativo, commoditie ou investimento atual. Por que não tratá-las como um mercado ascendente?”, finaliza.