Apesar da recente queda do mercado de criptomoedas, Rodrigo Cohen, analista técnico da Rico Investimentos, acredita que o preço do Bitcoin deve dobrar até o final do ano e chegar a mais de US$13 mil, graças às grandes oportunidades que estão surgindo por meio de novos produtos de negociação institucional, como um ETF de Bitcoin, e a entrada de importantes players tradicionais do mercado, como a Bolsa de Nova York (Bakkt), a Fidelity e a BlackRock.
No entanto, Cohen destaca que o cenário gráfico também é positivo e está montando um “W”, análise técnica que mostra que após uma queda, uma recuperação e outra desvalorização, o ativo entra agora em uma tendência de alta, podendo atingir novos patamares em US$13 mil, o que representa uma alta de 100%. O analista também destaca a criptomoeda EOS também tem uma boa projeção e pode chegar a valorizar até 130% até o final de 2018.
Porém, a posição de Cohen não é compartilhada por outros especialistas do setor, como o CEO da BitMEX Arthur Hayes que argumenta que os volumes de negociação das criptomoedas despencaram ao longo do ano e “fixaram” o preço nesta baixa volatilidade que tem sido observada, com o preço do BTC girando em torno de US$6 a US$7 mil. Para Hayes, essa tendência pode se perpetuar ainda mais e uma mudança positiva nos preços deve vir apenas no médio prazo, após 18 meses.
Outros analistas como Will Warren, cofundador da exchange de criptomoedas descentralizada 0x, e Jonathan Levi, CEO da startup de blockchain Hacera, também compartilham de uma análise menos positiva que a do brasileiro Cohen, afirmando que o mercado atual está perdendo força e vivendo um momento de consolidação, no entanto, em médio a longo prazo, a tendência é de alta, movimentada pela possível adoção institucional e também pelo progresso das aplicações da blockchain.