Os analistas do mercado cripto estão cada vez mais convencidos de que a altseason já começou. Essa fase, caracterizada pelo forte desempenho das altcoins em relação ao Bitcoin, ganha força à medida que os investidores migram parte de seus recursos para ativos menores e de maior potencial de valorização.
O Bitcoin, por outro lado, deve manter-se estável nos próximos meses, sem atingir uma nova máxima histórica (ATH) no curto prazo.
O CEO da Alphractal, Joao Wedson, afirmou com convicção que a altseason está em pleno curso e deve se intensificar nos próximos meses, especialmente a partir de junho. Ele explicou que o mercado cripto opera em ciclos e que a altseason é uma fase recorrente que investidores atentos devem aproveitar com estratégias bem definidas.
Wedson relembrou seu aviso de abril, quando destacou que acumular altcoins promissoras, especialmente aquelas lançadas recentemente, traria grandes retornos. Segundo ele, muitas dessas altcoins já valorizaram mais de 100%, superando o desempenho do Bitcoin. Para o analista, os maiores ganhos até julho virão dos ativos lançados entre o final de 2024 e o início de 2025, replicando um padrão observado no ciclo de alta de 2020–2021.
Domínio do Bitcoin
O analista também ressaltou que a dominância do Bitcoin começou a cair, após atingir um pico recente. De acordo com dados da TradingView, o índice de dominância do BTC caiu de 65% para 62%. Essa queda reflete a crescente valorização de altcoins como Ethereum (ETH), Solana (SOL) e XRP, que registraram altas de 58%, 35% e 23%, respectivamente, no último mês.
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O relatório da QCP Capital destacou que o mercado cripto como um todo apresentou recuperação após um período de baixa. Essa alta foi impulsionada pela queda na inflação dos EUA e pelo acordo comercial de US$ 600 bilhões entre os EUA e a Arábia. No entanto, enquanto as altcoins subiram, o Bitcoin ficou estável, com leve alta de 0,1%, permanecendo próximo dos US$ 103.500.
Altseason começou: por que o Bitcoin não deve atingir um novo ATH agora?
Analistas concordam que o Bitcoin não deve superar sua máxima histórica tão cedo. A explicação está no próprio comportamento do mercado, que vê o BTC consolidando-se em torno dos US$ 100 mil. Além disso, a identidade híbrida da criptomoeda, dividida entre ser um ativo de reserva (como ouro digital) e um ativo de risco, impede movimentos mais claros.
O analista Matt Hougan, CIO da Bitwise, comparou o Bitcoin ao Google durante a bolha da internet em 2004. Na época, embora o Google fosse dominante, outros setores da internet cresceram mais rapidamente. Da mesma forma, Hougan argumenta que os investidores não devem concentrar recursos apenas no Bitcoin. Conforme destacou Hougan, agora, outras criptomoedas podem oferecer maiores retornos à medida que o mercado evolui.
Wedson sugere ainda que os investidores acompanhem de perto o desempenho das altcoins em relação ao par BTC. Ele recomenda realocar o Bitcoin para ativos com maior momentum, especialmente quando identificarem que uma altcoin está superando o desempenho do BTC. Essa estratégia visa maximizar os ganhos durante o período de forte rotação de capital para altcoins.
Valentin Fournier, analista da BRN Lead Research, destacou que o Ethereum está se posicionando como uma aposta mais clara para os próximos meses. O aumento no volume de opções de longo prazo para o ETH, aliado ao fortalecimento dos projetos baseados na Layer 2, cria um cenário favorável para novos ganhos.