A polêmica criptomoeda venezuelana, o El Petro, já despertou inúmeras opiniões desde o seu anúncio oficial. A última organização a se manifestar a respeito do assunto foi a Weiss Ratings, principal agência de classificação de ativos independente de instituições financeiras norte-americana, que comentou de forma taxativa: a moeda da Venezuela não estará presente em seu ranking de classificação de criptomoedas, o Weiss Cryptocurrency Rating.
A notícia foi divulgada nesta quarta-feira, 31 de fevereiro, em uma newsletter intitulada Bittersweet Story of Petro (Amarga História do Petro, em tradução livre), escrita por Juan M. Villaverde, matemático que colaborou com a criação do ranking.
A newsletter, disponível para quem cadastrar o email gratuitamente no site da Weiss, começa com alguns elogios sobre o cripto-token criado pelo governo de Nicolás Maduro, dando ênfase ao fato de ser o primeiro ativo do tipo a ser emitido e chancelado por um governo. O texto cita três razões pelas quais os entusiastas de criptomoedas podem ficar animados com o lançamento da moeda venezuelana:
1. Trata-se de um sinal revelador de que as criptomoedas estão atingindo a maioridade. Mais um golpe contra o argumento de que a atenção a esse mercado seria um simples hype ou fumaça para atrair incautos;
2. Essa idéia poderia se espalhar. Mais estados autocráticos podem aderir ao uso de criptomoedas próprias. Alguns que já estariam na lista de espera são, como Rússia, Irã e Turquia;
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3. Dependendo de como isso acontecer, outras criptomoedas nacionais poderiam surgir de estados independentes, grandes e pequenos.
No entanto, embora reconheça tais avanços, o comunicado afirma que, de fato, a moeda do país não será avaliada no ranking da empresa. Segundo o texto, o motivo é o fato de que, apesar de ser baseado em Blockchain, o Petro não possui nenhuma diferença para outras moedas fiduciárias emitidas por estados, uma vez que a criptomoeda é chancelada por um governo.