Um homem preso no ano passado acusado de lavar quase US$ 100 milhões (quase R$ 500 milhões) em Bitcoin, pode ficar preso por até 20 anos.
Foi o que informou o escritório do advogado dos EUA em Boston, na última quarta-feira, dia 27 de maio. Além disso, ele pode ter que pagar uma multa de US$ 500.000 (mais de R$ 2,6 milhões). O homem é Vitalii Antonenko, de 28 anos, residente da cidade de Nova York.
Segundo as informações divulgadas, Antonenko foi acusado no dia 26 de maio, por conspiração com hackers, tráfico de números de cartão de crédito roubados e lavagem de dinheiro.
Entenda o caso
Em março de 2019, Antonenko foi preso e detido por acusações de lavagem de dinheiro no Aeroporto Internacional JFK, em Nova York. Já que agentes disfarçados o vincularam a duas carteiras de Bitcoin usadas em transações que totalizavam US$ 94 milhões.
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Na ocasião, ele acabava de chegar da Ucrânia e carregava computadores e outros dispositivos. Os equipamentos continham “centenas de milhares de números de cartões de pagamento roubados”.
Segundo a acusação, Antonenko e os hackers vasculharam a Internet em busca de redes de computadores com vulnerabilidades de segurança. Provavelmente, essas redes continham os chamados dados sensíveis. Além de números de contas de cartão de crédito e débito, datas de validade e códigos de segurança de cartões.
Assim, eles teriam usado uma técnica de hacking conhecida como “ataque de injeção SQL” para acessar essas redes. Em seguida, após a venda dos dados, o grupo usou Bitcoin e transações bancárias tradicionais para lavar o dinheiro. Desta forma, disfarçando sua natureza, localização, fonte, propriedade e controle.
“A acusação de conspiração para obter acesso não autorizado e trafegar nos dispositivos de acesso prevê uma sentença de até cinco anos de prisão, três anos de libertação supervisionada, multa de US$ 250.000, restituição e confisco.
Já a acusação de conspiração para lavagem de dinheiro prevê uma sentença de até 20 anos de prisão, três anos de libertação supervisionada, multa de US$ 500.000, restituição e confisco”, informou o escritório de advogados dos EUA.
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