Embora tenha deixado a Associação Libra, que será responsável pela emissão da stablecoin Libra do Facebook, o presidente da Visa não descartou que a gigante mundial de cartões de crédito possa integrar o projeto em um momento futuro, segundo uma entrevista concedida nesta quarta-feira, 24 de outubro, pelo presidente da empresa Alfred F. Kelly ao jornal Valor Econômico.
“Como uma companhia curiosa e aberta – e dada a liderança que temos no ecossistema de pagamentos – queremos nos engajar em tudo no espaço de pagamentos, até atingirmos um ponto em que acreditamos que nosso engajamento não está sendo positivo”, destacou.
Segundo ele, a empresa ainda espera explorar outras oportunidades de ingressar na iniciativa, à medida em que houver mais evolução das discussões. A reportagem destaca também que, de acordo com Kelly, há muita coisa a se descobrir sobre a Libra, com uma curva de aprendizado muito longa. O mais importante, contudo, é que ela esteja alinhada ao o que os reguladores vierem a exigir.
O Valor destaca ainda que Kelly reforçou que o projeto do Facebook não seria centralizado e que, apesar da rede social ter criado a Libra, a stablecoin seria independente e “controlada” pelos membros da Associação Libra, tendo o Facebook o mesmo peso que os demais participantes. No entanto, Kelly afirmou que esse tipo de iniciativa não deve ser feita na “correria”, em referência ao lançamento do projeto já em 2020. Segundo ele, desta forma, a qualidade do projeto fica prejudicada, o que teria sido um dos motivos da Visa ter colocado “um pé atras”.
“Nas conversas que tivemos com o pessoal do Facebook, tentamos criar algo que poderia trazer essas pessoas mais rapidamente ao sistema”, afirmou Kelly ,que também disse que as conversas com o Facebook continuam pois a empresa acredita que as moedas digitais podem levar pagamentos seguros a mais pessoas e lugares.
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