As corregedorias da Polícia Civil e Militar de São Paulo cumpriram nesta segunda-feira, 30 de setembro, 10 mandados de prisão contra policiais civis e militares acusados de praticar extorsão contra um empresário. O valor exigido era de cerca de R$1 milhão.
De acordo com o portal de notícias Uol, os mandados foram emitidos contra sete policiais civis e contra outros dois militares. Um terceiro oficial militar não foi pego pois estava de folga. Os homens prestaram depoimento à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e depois foram encaminhados aos presídios de suas respectivas corporações. Os nomes dos acusados foram mantidos em sigilo.
O caso
De acordo com a matéria, o empresário, vítima da extorsão, procurou o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do MP (Ministério Público), em Santos. Ao chegar no local, foi orientado a procurar a Corregedoria da Polícia Civil e denunciar os policiais.
Em seu depoimento, o homem afirmou que foi abordado na região da Avenida Paulista, em São Paulo, em julho deste ano, por policiais que o levaram até o 73º DP (Distrito Policial), no Jaçanã, Zona Norte de São Paulo. Lá, os policiais começaram a exigir dinheiro sob ameaça. Ao todo, exigiram R$2 milhões. O empresário disse que pagou metade desse valor de forma dividida: R$450 mil foram pagos no dia da extorsão e R$ 550 mil, no dia seguinte. Ele afirmou que não pagou o restante solicitado.
A vítima afirmou que a extorsão teria sido motivada por um ex-cliente que cobrava uma dívida de cerca de R$4 milhões em Bitcoins. Somando o valor da dívida e o pedido na extorsão, o empresário teria de pagar até R$6 milhões.
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O Gaeco de Santos informou, oficialmente, que encaminhou a informação que recebeu na cidade para a Corregedoria da Polícia Civil sobre supostas irregularidades cometidas por policiais. Já a Corregedoria informou que não poderia divulgar mais detalhes sobre a operação para não comprometer o sigilo. A SSP (Secretaria da Segurança Pública) não se manifestou até o fechamento desta matéria.
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