Recentemente, o Brasil assinou com Índia o primeiro acordo de cooperação internacional entre os dois países visando o desenvolvimento de fintechs entre nações. O documento foi costurado pela Abfintechs com apoio do Itamaraty junto com representantes do governo indiano.
Segundo informações obtidas pelo CriptoFácil, o documento foi assinado durante a 1ª Conferência Fintech India/Brazil, que aconteceu em Mumbai no final de abril, e contou com a presença, entre outros, de Ingrid Barth, diretora da Associação Brasileira de Fintechs – Abfintechs.
“O setor de fintech está entre as áreas de inovação mais dinâmicas da Índia e do Brasil. Em ambos países, a combinação bem sucedida de tecnologia e empreendedorismo têm sido fundamental responder à crescente procura de inclusão financeira e modernização das respectivas economias. Apesar dos avanços avassaladores, os desafios ainda precisam ser superados. Para lidar com essas questões, o estabelecimento de redes de inovação de participação múltipla dedicados ao domínio fintech provaram ser particularmente bem sucedidos na Índia e no Brasil, como eles servem como uma plataforma para compartilhar experiências e trabalhar colaborativamente em soluções”, diz o convite oficial do evento.
O documento assinado não trata especificamente de blockchain e criptomoedas, mas do setor fintech como um todo. No entanto, na esteira do processo de digitalização da economia e tendo o processo de open banking chinês como premissa, representantes no evento têm garantido ao CriptoFácil que soluções baseadas em blockchain devem se beneficiar da nova parceria.
“É bem impressionante ver o avanço das novas tecnologias e fintechs no mercado indiano. Estamos acostumados a acompanhar mercados mais maduros, como Estados Unidos e Europa, mas na minha opinião precisamos estar próximos de países que possuem desafios em escala similar à nossa, não apenas como a Índia, mas também China, Rússia e África do Sul – os famosos BRICS. O intercâmbio pode ser mais efetivo e podemos avançar mais rápido inclusive na regulação com esse tipo de parceria”, disse Barth.
A empresária destaca ainda que esta é a primeira conquista de um grupo que tem unido empresários e entusiastas do setor de tecnologia em torno da expansão das soluções de fintechs nacionais. Segundo ela, outras parcerias com outras nações estão sendo montadas. Barth destaca também que o termo “Bitcoin” ainda gera um muito preconceito nos círculos empresariais, mas quando o assunto é blockchain e tokenização, há muito mais receptividade e aceitação.
“Para fintechs e startups brasileiras no geral, é uma excelente oportunidade para que possamos conhecer o ambiente de inovação indiano, cheio de novas oportunidades e muitas vezes enfrentando os mesmos problemas. Queremos nos aproximar cada vez mais”, disse Gabriel Rhama, cofundador da Cosmos Blockchain.
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