Tokens gerados em ICOs perdem até US$141 milhões em valor de mercado

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Uma recente pesquisa divulgada pela empresa Diar, especializada em análise do mercado de criptomoedas, revelou que cerca dos 562 tokens gerados por meio de ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês) e que estão abaixo do ranking das top 100 criptomoedas da ferramenta CoinMarketCap, atualmente, possuem valor menor do que aquele arrecadado durante seu processo de capitalização, ou seja, mais de dois terços dos tokens distribuídos durante ICOs valem menos do que quando as startups os emitiram.

Um dos exemplos citados pelo estudo foi o da startup Sirin Labs, que pretende inciar a venda do primeiro smartphone com blockchain, o Finney. Para tornar seu projeto possível, a startup lançou, no ano passado, uma ICO com a emissão de um token baseado em Ethereum, o Sirin Labs Token (SRN), que arrecadou cerca de US$158 milhões. Atualmente, os 229.258.029 (SRN) em circulação valem cerca de US$17 milhões, uma desvalorização de US$141 milhões.

O estudo demonstra ainda que o “deficit” financeiro dos projetos não inclui o valor dos tokens reservados para equipe de desenvolvimento ou aqueles que não foram disponibilizados na ICO e, mesmo integrando o total de tokens emitidos, não se encontram em circulação, o que varia o desempenho em termos de retorno de investimento destes projetos. No caso da Sirin, por exemplo, a desvalorização seria ainda maior, tendo em vista que há 573.145.073 SRN tokens e menos da metade foi distribuída pela ICO.

A Diar destaca também que cerca de 324 tokens, que juntos levantaram a enorme cifra de US$2,3 bilhões, ainda não convenceram qualquer exchange a listar seus ativos, enquanto outros 44 tokens (que arrecadaram juntos US$1 bilhão) estão listados em apenas uma exchange e praticamente não têm volume de negociação, incluindo o projeto Bankera, que gerou um amplo hype no ecossistema das criptomoedas e arrecadou cerca de US$150 milhões na época.

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