Recentemente, a ONU anunciou, por meio de um de seus órgãos, mais uma integração com blockchain e criptomoedas. Desta vez, a ONU Mulheres (UN Women), braço das Nações Unidas voltado a políticas de igualdade de gênero e empoderamento das mulheres, em parceria com o Programa Mundial de Alimentos (World Food Programme – WFP na sigla em inglês), integrarão mulheres refugidas sírias que estão vivendo nos campos de Za’atari e Azraq na aplicação Building Blocks, da WFP.
Como o Criptomoedas Fácil revelou, o Building Blocks é uma plataforma que utiliza Ethereum para enviar ajuda a refugiados sírios que vivem em campos de refugiados administrados pela ONU na Jordânia. Por meio do programa, cerca de 106 mil refugiados possuem uma carteira Ethereum que é identificada por meio da íris, desta forma, ao invés de enviar recursos por meio de bancos e instituições tradicionais, a ONU destina os recursos em Ethereum às carteiras do programa e os beneficiários podem usar os recursos para comprar alimentos nos mercados cadastrados e o pagamento é feito por meio do escaneamento da íris.
“Tradicionalmente, as transferências em dinheiro eram disponibilizadas aos refugiados por meio de provedores de serviços financeiros de terceiros, como bancos. Por meio da parceria, as mulheres refugiadas sírias que participam do programa ‘Mulheres por trabalho’ da ONU Mulheres, poderão acessar seus fundos diretamente e as contas serão mantidas em segurança em uma rede blockchain. Anteriormente, as mulheres recebiam um pagamento mensal na forma de dinheiro (fiat) em uma data definida. Através da blockchain, a ONU Mulheres e o WFP estão explorando a possibilidade de oferecer às mulheres refugiadas ‘saques’ em supermercados contratados pelo WFP ou pagar diretamente por suas compras”, diz o comunicado oficial.
Além disso, a UN Women está oferecendo cursos para melhorar a alfabetização financeira por meio de uma série de seminários, nos quais os participantes podem acompanhar suas compras recentes e visualizar o histórico da conta do Building Blocks.
“Sabemos que mulheres em situações de crise e deslocamento tendem a ter menos alfabetização digital do que os homens e muitas vezes não têm acesso à tecnologia e conectividade que são tão críticas no mundo de hoje. A ONU Mulheres está em parceria com o WFP para mudar isso usando tecnologia inovadora para impulsionar a mudança para as mulheres nos cenários mais desafiadores e para acelerar o progresso em direção ao empoderamento econômico das mulheres em larga escala”, disse Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres.
