Em seu mais recente Global Outlook 2026, o BlackRock Investment Institute, braço de estudos da maior gestora de investimentos do mundo, coloca a inteligência artificial (IA) e as stablecoins no centro das transformações econômicas e financeiras que moldarão esta década.
Segundo o relatório, a interação entre essas duas forças deve redefinir todo o mercado financeiro. Além disso, a infraestrutura global de capital será impactada pelas novas tecnologias, exigindo dos investidores uma postura mais ativa e informada.
Isso significa que, na prática, o investidor precisará se debruçar sobre o mercado para identificar oportunidades concretas. Como, por exemplo, descobrir quais são as melhores criptomoedas para investir em meio a essa revolução tecnológica.
IA e stablecoins ditam revolução financeira
O estudo aponta a IA como a megatendência dominante, capaz de elevar o patamar de crescimento econômico global. Desse forma, a gestora projeta investimentos no setor na ordem de US$ 8 trilhões até 2030.
Esse movimento, no entanto, enfrenta um obstáculo material considerável: o consumo de energia. Data centers de IA podem demandar até um quarto da eletricidade dos EUA ainda nesta década, criando um gargalo que afeta desde a expansão tecnológica até a rentabilidade dos projetos.
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Paralelamente, as stablecoins consolidam-se como ponte entre o sistema financeiro tradicional e o digital. Com valor de mercado combinado acima de US$ 250 bilhões, ativos como USDT e USDC já integram sistemas de pagamento convencionais e contam com avanços regulatórios, como o Genius Act nos EUA. Para o BlackRock, elas não meros substituídos digitais das moedas físicas, mas elementos capazes de concorrer com depósitos bancários e alterar a política monetária.
O relatório deixa claro que a diversificação passiva perde espaço em um cenário marcado por concentração de ganhos em torno de poucas construtoras de IA. A nova dinâmica exige decisões ativas para identificar vencedores e perdedores dessa transformação. No campo das stablecoins, surge uma nova disputa pela liquidez e pela intermediação financeira.
Curiosamente, mesmo projetos do universo das criptomoedas – como alguns baseados em memes – estão se adaptando e tentando capturar valor nessa mesma interseção de tendências.
PEPENODE
É o caso do Pepenode (PEPENODE), um projeto de mineração virtual que surge como resposta indireta ao gargalo energético da IA. Em vez de consumir eletricidade real, ele oferece uma experiência gamificada onde usuários “mineram” memecoins usando rigs simulados.
Com a pré-venda já arrecadando mais de US$ 2,2 milhões e preço em torno de US$0.0011778, o projeto planeja usar IA para otimizar seus nós virtuais. Além disso, aceita stablecoins como meio de pagamento, conectando-se à infraestrutura de pagamentos digitais em expansão.
SUBBD
Outro exemplo é o SUBBD Token (SUBBD), que opera na interseção direta entre IA, criação de conteúdo e tokenização. A plataforma usa agentes de IA para automatizar engajamento e produção de conteúdo, permitindo que criadores se concentrem na monetização.
A aceitação de pagamentos em stablecoins facilita transações globais e estáveis, enquanto seu modelo de tokenização de conteúdo se beneficia da infraestrutura de finanças digitais em evolução. O projeto já captou US$ 1,3 milhões em sua fase inicial, com token cotado a US$0.0571, e integra pagamentos em stablecoins para facilitar uma economia global sem volatilidade.
BNB
Por fim, o BNB (Binance Coin) exerce um papel de infraestrutura essencial nesse ecossistema convergente. Mais do que um token, ele é a base da BNB Chain, rede que processa cerca de 100 milhões de transações diárias e está ativamente integrando ferramentas de IA para desenvolvedores.
Ao mesmo tempo, funciona como um hub central para transações com stablecoins, tendo inclusive promovido campanhas de taxas zero para incentivar sua adoção. Com preço em US$ 906 e market cap de US$ 125 bilhões, o BNB se consolida como peça fundamental na construção do ambiente onde IA, finanças digitais e aplicações descentralizadas se encontram.