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O bom e o ruim

Ações da American Bitcoin de Eric Trump despencam 40% após vendas em massa

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Quase quatro meses após seu lançamento, as ações da American Bitcoin desabam quase 80%. No pregão da terça-feira (02), a empresa de Eric Trump aprofundou essas quedas e seus papéis desabaram 38% em um único dia. Isso fez as ações da companhia caírem de US$ 3,97 para US$ 2,19 no pregão.

A empresa de mineração e acumulação de Bitcoin (BTC) foi criada por Eric e Donald Trump Jr., filhos do presidente dos EUA Donald Trump. O preço de suas ações chegou a subir 300% no IPO, mas desde então sofreu uma forte correção.

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De acordo com dados do TradingView, as ações da ABTC caíram quase 50% na primeira hora após a abertura do mercado. Com isso elas atingiram a mínima de US$ 1,80, ante o fechamento de US$ 3,58 do dia anterior. Os papéis se recuperaram e conseguiram fechar o dia acima de US$ 2,00.

O motivo da forte queda ocorreu após um desbloqueio de ações que estavam nas mãos de investidores iniciais da companhia, e que não podiam vendê-las. Mas com o fim do período de bloqueio na terça-feira, os investidores liquidaram seus papéis, algo que o próprio Eric Trump reconheceu.

“Hoje, nossas ações da colocação privada pré-fusão foram liberadas — esses investidores iniciais estão livres para realizar seus lucros pela primeira vez, e é por isso que veremos volatilidade”, escreveu Eric Trump no X.

Ele, por outro lado, afirmou que os fundamentos da empresa são “praticamente incomparáveis” e que não venderá nenhuma de suas ações.

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Ações da American Bitcoin despencam. Fonte: TradingView.

American Bitcoin revela números, mas ação cai

De fato, os números da American Bitcoin estão firmes. No mês de novembro, a empresa divulgou resultados sólidos para o terceiro trimestre, com receita subindo para US$ 64,2 milhões. Houve um aumento superior a 500% na comparação com o trimestre de 2024, quando a receita foi de US$ 11,6 milhões.

Já o lucro líquido da companhia atingiu US$ 3,5 milhões, revertendo um prejuízo líquido de US$ 600 mil no ano anterior. E a atividade de mineração, de acordo com o CEO da empresa, Michael Ho, também se destacou.

“Mais que dobramos nossa capacidade de mineração, mais que dobramos a receita e aumentamos a margem bruta em sete pontos percentuais em relação ao trimestre anterior”, afirmou Ho.

Além disso, a American Bitcoin também vem expandindo sua reserva de Bitcoins. Em 13 de novembro, a empresa informou que detinha cerca de 4.090 BTC em sua tesouraria, incluindo moedas sob custódia ou penhoradas para compras de mineradores. Isso faz da empresa a 25ª maior Bitcoin Treasury Company do mundo, de acordo com o Bitcoin Treasuries.

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As 100 maiores Bitcoin Treasury Companies do mundo. Fonte: Bitcoin Treasuries.

Empresa sente efeitos de crise do mercado

Ainda assim, as ações da empresa continuam em trajetória descendente desde que atingiram o pico de US$ 9,31 em setembro, caindo 76,5%. Mas essa queda aparentemente não ocorreu por causa da empresa em si, mas como resultado de um momento de baixa em todo o mercado.

A queda da ABTC reflete uma retração mais ampla entre as ações relacionadas a criptomoedas, visto que o mercado de ativos digitais como um todo permanece fraco. Nesse sentido, os papéis da Coinbase caíram 20% no último mês, enquanto a Circle, emissora de USDC, despencou 39% no mesmo período. A Gemini também registrou queda de 47% no último mês.

Brian Dobson, da Clear Street, disse à Bloomberg que haverá mais desbloqueios de ações da empresa dos irmãos Trump em 2026 e aconselhou os investidores a ficarem atentos aos próximos vencimentos.

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