O mercado de criptomoedas acompanha de perto três projetos que registram crescimento acelerado de receita e podem, a partir de 2026, adotar mecanismos de recompensas ou distribuição de fluxos financeiros aos detentores de tokens.
A avaliação é do analista Marek Hric, que aponta Lido Finance, Arbitrum e Ethena como exemplos de protocolos que já acumulam receita relevante, mas ainda não direcionam esses valores aos investidores.

Lido discute mudanças em sua governança
Entre os projetos monitorados, Lido Finance aparece como o mais consolidado no segmento de staking líquido na rede Ethereum. O aumento da participação nesse mercado impulsionou as receitas acumuladas desde 2021, que superam US$ 288 milhões. Mesmo assim, os detentores do token LDO não recebem parte dessas receitas.
Discussões internas da governança analisam alternativas para alterar esse cenário. Propostas sobre staking de LDO ou recompras de tokens passaram a ganhar força e podem avançar em 2026, caso haja consenso entre os participantes. De acordo com dados de mercado, o token opera com P/S de 7,3 vezes, indicador que pode passar por reavaliação caso parte das receitas passe a ir para os investidores.
Arbitrum pode ativar staking após atualização de 2026
O segundo projeto em destaque é Arbitrum, uma das redes de camada 2 mais utilizadas no ecossistema Ethereum. Desde o início de 2025, o protocolo já contabiliza aproximadamente US$ 25 milhões em receita. No entanto, o token ARB funciona exclusivamente como ativo de governança.
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Uma atualização planejada para meados de 2026 prevê a ativação do staking de ARB, permitindo que validadores recebam uma parcela das taxas de operação do sequencer. Propostas em debate sugerem que 50% dos lucros do sequencer sejam destinados aos tokens em staking, com expectativa de rendimentos anuais ao redor de 7%. Caso aprovadas, as alterações podem influenciar a avaliação do ativo, hoje negociado com P/S de 40 vezes.
Ethena se destaca com avanço rápido de receitas
Por fim, Ethena completa a lista com o crescimento expressivo de sua stablecoin USDe, que ultrapassou US$ 15 bilhões em circulação em 2025. O aumento do uso impulsionou as receitas do protocolo, que saltaram de US$ 9,5 milhões para US$ 32,5 milhões em apenas um mês. Desde o início de 2024, os valores acumulados chegam a US$ 100 milhões.
Atualmente, os detentores do token ENA não têm acesso a essa receita, mas discussões na comunidade indicam que as condições estabelecidas para ativar o compartilhamento já foram alcançadas. A expectativa do mercado é que 2026 marque o início das recompensas de staking, com projeções de retorno acima de 5% ao ano dependendo da estrutura de divisão de taxas.

