A fintech sueca Klarna informou que lançará uma stablecoin própria, denominada KlarnaUSD, aprofundando sua atuação no setor de ativos digitais em um momento de avanços regulatórios nos Estados Unidos e na Europa. O token, que ainda está em fase de testes, será disponibilizado na rede principal em 2026 e terá lastro integral em dólar.
De acordo com reportagem da Reuters, publicada nesta terça-feira (25), a iniciativa coloca a empresa entre grandes players de pagamentos que passaram a adotar stablecoins como instrumento operacional. O movimento tem sido impulsionado pela busca de meios mais eficientes de transferência de valor, especialmente em ambientes que exigem liquidez imediata e baixo custo.
“Com transações em stablecoins que já somam US$ 27 trilhões por ano, estamos oferecendo pagamentos internacionais mais rápidos e baratos para nossos 114 milhões de clientes. As criptomoedas finalmente estão prontas para serem escaladas“, escreveu a fintech no X.

Stablecoin da Klarna servirá para pagamentos e operações internacionais
Conforme destacou a empresa, o objetivo é posicionar o KlarnaUSD como uma opção para pagamentos cotidianos e transações internacionais. A proposta é oferecer um meio de liquidação mais rápido e menos oneroso que mecanismos bancários tradicionais.
A Klarna, conhecida pelos serviços de compra parcelada, possui hoje sua maior base de usuários nos Estados Unidos, o que contribui para a estratégia de foco no dólar.
A nova stablecoin funcionará na blockchain Tempo, desenvolvida pela Stripe em parceria com a gestora Paradigm. A rede foca em aplicações financeiras, com foco em processamento de pagamentos. A escolha do ecossistema reforça o interesse da Klarna em integrar o token ao seu portfólio de serviços.
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O lançamento segue movimentos recentes de concorrentes no setor de pagamentos. Afinal, o PayPal já colocou em circulação sua própria stablecoin lastreada em dólar. Enquanto isso, a Stripe fez o mesmo após adquirir a empresa cripto Bridge por cerca de US$ 1.1 bilhão.
Ambiente regulatório favorece novas emissões
O avanço de legislações específicas nos Estados Unidos e na Europa tem incentivado a entrada de novas empresas no segmento. Entre os marcos citados pelo setor estão o GENIUS Act nos EUA e o MiCA na União Europeia, que definem regras para emissão e custódia de ativos digitais.
No anúncio, a Klarna destacou que o cenário tecnológico atual oferece condições mais adequadas para operar com ativos digitais, com maior eficiência e escalabilidade. O comunicado ocorreu poucos dias após a empresa divulgar seu primeiro relatório trimestral desde sua listagem na bolsa, no qual superou estimativas de receita.

