O Bitcoin hoje retomou parte das perdas acumuladas na última semana e chegou a ultrapassar US$ 89.000 nesta terça-feira (25), sinalizando uma recuperação gradual após a queda que levou o ativo ao menor nível em sete meses. O avanço ocorre em meio ao desempenho acima da média de diversas altcoins, que registraram ganhos superiores aos da maior criptomoeda do mercado.
No momento da redação desta matéria, o BTC está cotado a US$ 87.450, com alta diária de 1,5%, de acordo com o CoinGecko.

Recuperação parcial após a queda mais acentuada desde abril
O movimento recente acontece poucos dias depois da sequência de negociações que pressionou o Bitcoin abaixo de US$ 81.000, marca registrada na sexta-feira. O recuo superou 35% em relação ao recorde histórico alcançado no início de outubro, resultado de vendas intensificadas ao longo da semana anterior.
Antes dessa queda mais profunda, o Bitcoin já havia perdido o patamar de US$ 100.000 e recuado para valores próximos de US$ 90.000. Houve um retorno curto para a faixa dos US$ 94.000, mas o impulso durou pouco e abriu caminho para novas desvalorizações. A recuperação teve início no fim de semana, quando o preço voltou para perto de US$ 84.000 e passou a registrar variações positivas moderadas.
O avanço para US$ 89.000 foi interrompido nas horas seguintes, com o ativo retornando ao nível de US$ 87.000. Ainda assim, o Bitcoin opera no campo positivo no acumulado diário. A capitalização de mercado soma aproximadamente US$ 1,74 trilhão, enquanto a dominância sobre as demais criptomoedas recuou para cerca de 56,5%.
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O que esperar do Bitcoin?
De acordo com uma análise recente da plataforma CryptoQuant, o Índice de Sharpe do Bitcoin recuou para perto do limite zero. Historicamente, essa região correspondeu a alta incerteza e às fases iniciais da reprecificação do risco de mercado.
Conforme apontam analistas, a criptomoeda agora está no mesmo cenário de 2019, 2020 e 2022. Naqueles anos, o Índice de Sharpe permaneceu baixo antes do surgimento de novas tendências de longo prazo.
Essa métrica não indica, necessariamente, que o mercado atingiu o fundo do poço. Contudo, sugere que os retornos futuros podem melhorar se o mercado se estabilizar.
“Para investidores avessos ao risco, a questão não é se devem alocar recursos, mas sim como estruturar estratégias de entrada que equilibrem a atraente oportunidade de longo prazo com a volatilidade da realidade de curto prazo”, destaca o relatório.
Altcoins ampliam ganhos e puxam sentimento do mercado
Diversas criptomoedas registraram altas mais expressivas do que o Bitcoin. O Ethereum, por exemplo, chegou a superar US$ 2.900 antes de recuar levemente para US$ 2.895, mesmo após subir 3,4% no dia. BNB, DOGE, HYPE, ADA e LINK também avançaram, mas XRP e SOL concentraram atenção. Isso porque o XRP alcançou US$ 2,20, com alta diária de quase 7%. Já a SOL ultrapassou US$ 136 após ganho superior a 5%.
Entre os destaques de maior variação estão KAS, com valorização de 22%, SUI com 11% e ENA com 12%. O token CC subiu 9%, e o RAIN ultrapassou 100% de valorização após uma iniciativa recente envolvendo investimentos milionários.
Na direção oposta, ZEC e BCH registraram os piores desempenhos entre os maiores ativos, recuando 9,4% e 3,9%. O valor total do mercado de criptoativos aumentou em mais de US$ 60 bilhões nas últimas 24 horas, alcançando aproximadamente US$ 3,075 trilhões.


