Elon Musk declarou que o dinheiro deixará de existir e o trabalho se tornará opcional. Durante o U.S.-Saudi Investment Forum, ele afirmou que a rápida evolução da inteligência artificial e da robótica eliminará a necessidade de moedas, empregos e até mesmo das próprias criptomoedas. A visão, apesar de futurista, segue o estilo direto e provocativo do empresário.
No painel, Musk dividiu o palco com Jensen Huang, CEO da Nvidia, empresa que domina a indústria de chips usados em IA. Ele explicou que sistemas avançados serão capazes de produzir bens, serviços e soluções em escala quase infinita. Dessa forma, segundo ele, “a moeda simplesmente deixará de ser relevante”. Ele destacou que, mesmo nesse cenário, ainda existirão limites práticos, como demanda por energia e disponibilidade de materiais.
Musk citou as obras do escritor Iain Banks, autor da série Culture, como referência para imaginar esse caminho. Nesses livros, civilizações pós-escassez vivem sem trabalho e sem dinheiro, enquanto máquinas inteligentes cuidam de todas as funções essenciais. Musk afirmou que esse modelo fornece uma imagem plausível de um futuro positivo guiado pela IA.
O empresário também reforçou sua ideia de que o trabalho se tornará uma atividade voluntária, semelhante a praticar esportes ou cultivar uma horta. Ele disse que algumas pessoas continuarão trabalhando porque gostam de criar, produzir e se envolver em desafios pessoais. Para ele, o emprego deixará de ser a base da sobrevivência e se tornará apenas uma escolha.
Elon Musk e o fim do trabalho
Musk já havia defendido esse ponto de vista em outras ocasiões. Ele afirmou recentemente que projetos como o robô humanoide Optimus, da Tesla, podem eliminar a pobreza global ao executar tarefas repetitivas, perigosas ou fisicamente pesadas. Na visão dele, máquinas avançadas permitirão que cada pessoa tenha acesso a recursos ilimitados, o que acabará com a necessidade de sistemas monetários tradicionais.
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Em entrevistas anteriores, Musk defendeu que governos devem criar um “rendimento universal elevado”, e não apenas uma renda básica mínima. Ele acredita que, em um mundo sem empregos e sem escassez, todos poderão consumir qualquer produto ou serviço desejado. No entanto, ele alertou que o caminho até esse cenário trará “trauma e disrupções profundas”.