O IBIT, ETF de Bitcoin (BTC) da BlackRock, registrou sua maior saída diária desde sua estreia em janeiro de 2024. De acordo com dados da Farside Investors, o IBIT teve uma saída de US$ 523,15 milhões na terça-feira (18), enquanto o BTC, da Grayscale, teve entrada líquida de US$ 139 milhões.
Com isso, o IBIT superou o recorde negativo anterior de US$ 463 milhões em 14 de novembro. O ETF agora acumula cinco dias consecutivos de saídas líquidas, totalizando perdas de US$ 1,43 bilhão. Já os ETFs de Bitcoin como um todo perderam mais de US$ 2,3 bilhões no mesmo período.
Ainda na terça-feira, o fluxo líquido nos ETFs de Bitcoin foi de US$ 373 milhões negativos. Com exceção do IBIT e do BTC, apenas o EZBC, da Franklin Templeton, registrou movimentações no dia, com entradas de US$ 10,8 milhões.

No entanto, o IBIT segue sendo o maior ETF Bitcoin do mundo, com US$ 72,76 bilhões em ativos líquidos. Só que a tendência de retiradas não dá sinais de que vai parar. Foram quatro semanas consecutivas de saídas líquidas, totalizando US$ 2,19 bilhões.
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Institucionais deixam Bitcoin de lado
As saídas coincidiram com a recente queda do Bitcoin, que viu a criptomoeda cair abaixo de US$ 90.000 no início desta semana, após atingir a máxima histórica de US$ 126.080 no início de outubro.
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Apesar das recentes saídas de capital, Vincent Liu, CIO da Kronos Research, afirmou que os investidores institucionais estão reequilibrando seus portfólios. Ou seja, redirecionando dinheiro para outros ativos, mas não abandonando o Bitcoin.
“Saídas recordes de IBIT sinalizam uma recalibração institucional, não uma capitulação. Grandes alocadores estão reduzindo o risco, diminuindo a exposição e testando pontos de entrada até que os sinais macroeconômicos se tornem claros. Quando isso acontecer, o apetite por risco e a alocação retornarão rapidamente”, explicou Liu.
A redução da liquidez como resultado da paralisação prolongada do governo dos EUA continuam afetando o mercado. O destaque é a incerteza quanto ao corte de juros nos Estados Unidos. A ferramenta FedWatch do CME Group atualmente indica uma probabilidade de 48,9% para corte, abaixo dos 51,1% vistos na terça-feira.
As saídas de US$ 523 milhões do IBIT na terça-feira superaram as entradas nos fundos da Grayscale e da Franklin Templeton, resultando em uma saída líquida diária de US$ 372,7 milhões para todos os ETFs spot de BTC no dia.
Os ETFs spot de Ethereum apresentaram um padrão semelhante. O ETHA da BlackRock registrou saídas líquidas de US$ 165 milhões, superando as entradas combinadas de US$ 91 milhões nos fundos da Grayscale, Bitwise, VanEck e Franklin Templeton.
ETFs de Solana
Enquanto isso, na terça-feira, estrearam dois novos ETFs de Solana, um da Fidelity (FSOL) e o outro da Canary Capital (SOLC). O FSOL teve entradas de US$ 2,07 milhões em seu primeiro dia, enquanto o SOLC não registrou nenhuma entrada.
O BSOL da Bitwise, o primeiro ETF spot de Solana nos EUA, registrou entradas líquidas de US$ 23 milhões, enquanto o GSOL da Grayscale teve US$ 3,19 milhões. Desde o lançamento do BSOL em 28 de outubro, os ETFs de Solana como um todo registraram 16 dias consecutivos de entradas líquidas, acumulando um total de US$ 420,4 milhões.
“A sequência de 16 dias de entradas líquidas dos ETFs de Solana sinaliza que as altcoins estão atraindo alocadores, oferecendo rendimento e ganhando força”, disse Liu. “Um dos ETFs mais recentes e promissores do mercado, ele combina recompensas de staking com exposição, facilitando a captação de capital de diversos investidores.”

