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Prejuízo bilionário

Governo da Malásia perde US$ 1 bilhão com mineração ilegal de criptomoedas

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A Tenaga Nasional Berhad (TNB), empresa estatal de energia da Malásia, descobriu perdas de mais de US$ 1,1 bilhão resultantes da mineração ilegal de criptomoedas. De acordo com as autoridades, pequenos imóveis estavam desviando energia para minerar Bitcoin (BTC) e altcoins. 

O Ministério da Energia da Malásia informou na terça-feira (18) que a TNB identificou 13.827 imóveis que desviaram energia ilegalmente para minerar Bitcoin e outras criptomoedas. Esses desvios ocorreram entre 2020 e agosto de 2025, resultando na perda de pelo menos 4,57 bilhões de ringgits (US$ 1,1 bilhão).

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De acordo com o aviso, a atividade representa uma séria ameaça ao sistema nacional de fornecimento de energia elétrica. A quantia, bem como a energia desviada, podem comprometer o país em momentos de alta demanda.

A Malásia combate a mineração ilegal de criptomoedas desde 2018. No entanto, os números seguem crescendo todos os anos. Em agosto de 2024, por exemplo, as autoridades locais destruíram mais de 900 equipamentos de mineração de Bitcoin, avaliados em quase 2 milhões de ringgits (US$ 482.160). O valor é alto, mas constitui uma soma irrisória perto do novo prejuízo.

Não é apenas a Malásia que sofre com a mineração ilegal. O Paraguai chegou a criar uma lei que proíbe a atividade, depois que mineradores passaram a aproveitar os baixos custos de energia do país. Em junho de 2024, o país apreendeu 10 toneladas de equipamentos ilegais que totalizavam US$ 1,5 milhão.

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Assim como na Malásia, o aumento da mineração no Paraguai (legal e ilegal) levou ao aumento nos preços de energia. No mês de agosto, nove fazendas de mineração encerraram suas atividades devido ao aumento nos custos de energia.

Mineração ilegal de criptomoedas na Malásia

Em comunicado divulgado na terça-feira, o Ministério da Energia informou que a TNB (Tamil Nadu Board) criou um banco de dados interno de proprietários e inquilinos suspeitos de envolvimento em furto de energia elétrica para melhor identificar e monitorar locais suspeitos no futuro.

“Este banco de dados serve como uma importante referência interna para identificar e monitorar imóveis suspeitos e constitui a base para ações de inspeção operacional”, afirmou o Ministério no documento traduzido.

No âmbito técnico, a TNB implantou medidores inteligentes e lançou o programa piloto “Medidor de Transformador de Distribuição” em subestações de energia para melhor monitorar o consumo de energia e detectar padrões de consumo anormais que indicam mineração ilegal.

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A mineração de criptomoedas não é ilegal no país, mas há uma preocupação de combater o uso ilícito da rede elétrica. Entre 2018 e 2024, a atividade ilegal no setor cresceu mais de 300% na Malásia, com os casos anuais saltando de 610 para mais de 2.300.

Contudo, a Malásia não tem uma regulamentação clara para a atividade, o que impede mineradores de formalizarem suas atividades. A ACCESS Blockchain Association estima que a formalização do setor poderá gerar 700 milhões de ringgits em investimentos em hardware e infraestrutura somente neste ano, criando até 4.000 empregos e contribuindo com aproximadamente 150 milhões de ringgits em receita tributária anual.

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