O Bitcoin (BTC) aprofundou suas perdas nesta terça-feira (18) e teve queda de 4,6%, chegando a ficar abaixo de US$ 90.000. De acordo com o CoinGecko, o menor preço do dia foi de US$ 89.368, seu menor valor desde 21 de abril.
Mas houve uma recuperação e o preço do Bitcoin conseguiu subir para US$ 91.418. Sua queda nos últimos sete dias chegou a 10,3%, reforçando o sentimento negativo para outubro. A mesma perda percentual atingiu o Ethereum (ETH), que recuou para US$ 3.054, enquanto a XRP desvalorizou 4% e a Dogecoin (DOGE) caiu 3,3%.
No Top 100, os tokens ICP e HASH tiveram alta de 14,2% e 9,7%, respectivamente, e a Zcash (ZEC) perdeu 12,9%. A maioria das criptomoedas opera em queda, mas houve cerca de 12 que abriram em alta.
O mercado de criptomoedas já perdeu mais de US$ 1 trilhão em pouco mais de um mês, com a capitalização de mercado global atualmente em US$ 3,2 trilhões. Já o Índice de Medo e Ganância do Mercado de Criptomoedas se manteve em 11, indicando “medo extremo”.
No entanto, o maior problema foi a continuidade das liquidações, que atingiram US$ 1,03 bilhão nesta terça-feira. O Bitcoin respondeu por US$ 570 milhões e o Ethereum teve perdas de US$ 180 milhões. Foi o quarto dia de novembro com liquidações acima de US$ 500 milhões e o terceiro dia em que elas superaram US$ 1 bilhão.
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Detentores de longo prazo seguem vendendo
Os detentores de longo prazo (LTH) e as baleias continuaram vendendo com base em padrões históricos de picos do mercado de alta do BTC. Além disso, os compradores, que antes sustentavam todas as quedas, não estão mais presentes, o que intensifica as perdas.
No entanto, alguns estão aproveitando a queda para comprar, como o governo de El Salvador, que adquiriu 1.090 BTC no valor de US$ 101 milhões. Apesar do otimismo pontual, essas compras não são suficientes para manter o preço.
“Do lado técnico, o Bitcoin segue preso entre US$ 93.000 e US$ 97.000. Para um movimento de recuperação ganhar tração, o preço precisaria fechar acima de US$ 105 mil. Abaixo desse patamar, cresce o risco de uma nova pernada de baixa em direção aos US$ 89.000 a US$ 90.000“, disse Guilherme Prado, country manager da Bitget.
Ao mesmo tempo, os ETFs de Bitcoin continuam a registrar saídas líquidas. De acordo com dados da Farside Investors, os ETFs de Bitcoin registraram uma saída líquida de US$ 254,6 milhões na segunda-feira (17). O IBIT da BlackRock teve saídas de US$ 145,6 milhões – e não há sinais de que haverá uma retomada.
Os dados de fluxo de fundos de criptomoedas da CoinShares revelaram saídas de BTC, ETH, XRP e SOL. Isso ocorre apesar das entradas nos ETFs de Solana, com o Fidelity Solana ETF (FSOL) previsto para ser lançado hoje.
Enquanto isso, os ETFs de Ethereum registraram saídas líquidas de US$ 182,7 milhões, o quinto dia consecutivo de perdas. O ETHA da BlackRock e o FETH da Fidelity registraram saídas de US$ 109 milhões e US$ 3 milhões, respectivamente.
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