O Bitcoin voltou a ficar abaixo de US$ 100 mil nesta quinta-feira (13), marcando a terceira vez no mês em que o principal criptoativo rompe esse patamar. O movimento ocorre em meio à venda generalizada de ativos de risco e à retirada de capitais de fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin nos Estados Unidos.
De acordo com dados da CoinGecko, a criptomoeda é negociada a cerca de US$ 99.125, no momento da redação desta matéria. Nas últimas 24 horas, o BTC acumula uma queda diária de pouco mais de 2%. O ativo já havia perdido brevemente o nível de US$ 100 mil em 4 e 7 de novembro, depois de atingir uma máxima histórica de US$ 126.080 em outubro.
Bitcoin cai para US$ 99 mil com pressão de ETFs
O enfraquecimento recente está relacionado, segundo analistas, à redução na participação institucional e à saída de recursos dos ETFs de Bitcoin. Esses fatores diminuem o impulso comprador no mercado cripto. De acordo com dados compilados pela CoinGlass, US$ 501 milhões em liquidações diárias de posições em criptomoedas, sendo US$ 165 milhões em contratos de Bitcoin.
Dilin Wu, estrategista da Pepperstone, destacou que o cenário de curto prazo deve permanecer volátil. No entanto, o potencial de valorização no médio prazo segue presente.
“A participação institucional e a atividade das grandes carteiras (whales) diminuíram, enquanto os ETFs continuam registrando saídas. Os principais motores de uma recuperação sustentada ainda não voltaram”, disse.
Mesmo com a correção, traders em plataformas de previsão de mercado continuam otimistas. No Myriad Markets, o Bitcoin tem 59% de probabilidade de atingir US$ 115 mil antes de cair para US$ 85 mil, de acordo com as apostas abertas.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Outras criptomoedas também recuam
O recuo não se limitou ao Bitcoin. Afinal, o Ethereum caiu cerca de 6%, cotado a US$ 3.232. Enquanto isso, a Solana registra baixa de 4,7%, para US$ 146. O XRP, por outro lado, subiu 0,6%, chegando a US$ 2,36, após a estreia de um ETF com exposição direta ao ativo.
Apesar da correção, parte dos analistas segue confiante na tendência de alta de longo prazo. Para Joe DiPasquale, CEO da gestora BitBull, o comportamento recente mostra força do mercado.
“O Bitcoin ainda está em tendência de alta, com cada correção produzindo fundos mais altos. Os compradores seguem defendendo níveis de suporte rapidamente”, avaliou.