O Top 10 das criptomoedas registrou desempenhos mistos nesta quinta-feira (13), com destaque para a alta de 3,9% no preço da XRP. Já a Dogecoin (DOGE) caiu 0,3% e o token LDO teve leve alta de 0,1%, apesar da queda de 0,4% do Ethereum (ETH). No entanto, as perdas foram superiores. Pelo lado negativo, o preço do Bitcoin hoje teve perda de 1,6% e recuou para US$ 103 mil, voltando a se aproximar do suporte de US$ 100 mil.
O clima negativo não se limitou ao mercado cripto, já que os futuros dos principais índices acionários também operam em queda. O S&P 500 recua cerca de 1,1%, enquanto o Nasdaq 100 cai aproximadamente 1,5%.
“A pressão se intensifica após preocupações de que o recente corte de juros do Federal Reserve ainda não seja suficiente para aliviar condições financeiras rígidas, sobretudo diante de uma inflação persistente. Nesse ambiente, investidores seguem migrando para instrumentos tradicionalmente defensivos, como títulos do Tesouro e ouro, drenando liquidez de mercados de risco”, disse Guilherme Prado, country manager da Bitget.
Quanto ao restante do Top 10, a Solana (SOL) se desvalorizou 2,1%, BNB teve queda de 0,9% e a Tron (TRX) caiu 0,3%. A QNT se valorizou 7,7% e liderou as altas do Top 100 e o token da Pump.fun (PUMP) sofreu perda de 10%. A UNI, que se valorizou após a notícia de queima de tokens da Uniswap, também caiu, com perdas de 8,1%.
Shutdown de 43 dias chega ao fim
Na madrugada desta quinta-feira, chegou ao fim o maior shutdown da história dos Estados Unidos. Poucas horas atrás, o presidente Donald Trump assinou o projeto de lei que pôs fim à paralisação do governo americano. No total, o shutdown de 2025 durou 43 dias, superando os 35 dias da última paralisação ocorrida em 2019.
Quando o evento começou, o preço do Bitcoin chegou a subir com os temores a respeito dos efeitos da paralisação. No entanto, a retomada das atividades do governo não causou o mesmo impacto, já que o Bitcoin caiu para menos de US$ 104 mil.
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Além disso, os ETFs de Bitcoin registraram novas saídas de capital, com apenas três entradas nos últimos 10 dias. Na quarta-feira (12), os fundos perderam o equivalente a US$ 278,1 milhões em BTC. O IBIT da BlackRock registrou saídas de US$ 36,9 milhões. Enquanto isso, o FBTC da Fidelity, o ARKB da Ark, e o GBTC tiveram saídas de US$ 132,9 milhões, US$ 85,2 milhões e US$ 23,1 milhões, respectivamente.
A mais recente realização de lucros ocorreu após os dados de emprego da ADP revelarem um enfraquecimento ainda maior do mercado de trabalho americano. Os empregadores privados nos EUA cortaram uma média de 11.250 vagas por semana em outubro.
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Topo antecipado para o Bitcoin?
Ao longo de 2025, os investidores de longo prazo (LTH, na sigla em inglês) estavam certos de que o preço do Bitcoin atingiria seu pico em setembro-outubro. De acordo com o padrão, o Bitcoin atinge seu pico de 12 a 18 meses após o halving, e essa tendência se confirmou.
O analista Scott Melker revelou que dados históricos sugerem que os picos ocorrem por volta de 1.060 a 1.070 dias após a ocorrência de uma mínima. Neste ciclo, já se passaram 1.080 dias, o que, para ele, confirma que o topo de fato já ocorreu na região dos US$ 126 mil.
A 10x Research afirma que o preço do Bitcoin está despencando para níveis que poucos esperavam ver este ano. E pior: com os traders de longo prazo vendendo BTC. Os compradores que antes sustentavam cada queda desapareceram repentinamente.
“Uma série de mudanças silenciosas, porém críticas, nos fluxos, posicionamentos e comportamento dos investidores de longo prazo está remodelando toda a estrutura do mercado”, disse Markus Thielen, chefe da 10x Research.
Nem mesmo as ações de empresas do setor de criptomoedas escaparam. Muitas operam em queda de 30% no ano e apagaram anos de prêmio especulativo em apenas algumas semanas. Alguns investidores ainda estão aproveitando a queda nos preços das compras de BTC feitas pela Strategy (anteriormente MicroStrategy) e por empresas de tesouraria.