Os ETFs de Bitcoin (BTC) negociados à vista nos EUA se recuperaram, registrando entradas líquidas de US$ 524 milhões na terça-feira (11). Como resultado, eles quebraram a maior sequência negativa desde seu lançamento.
De acordo com a Farside Investors, esse é o maior valor diário desde que a criptomoeda atingiu sua máxima histórica de cerca de US$ 126 mil em 6 de outubro. Além disso, o número contrasta com a forte perda de US$ 558 milhões registrada no dia 07 e a perda de US$ 566 milhões do dia 04.
No total, os ETFs de Bitcoin perderam mais de US$ 700 milhões nos primeiros dias de novembro. Mas a recuperação das últimas 24 horas traz um maior otimismo para os investidores.
O IBIT da BlackRock liderou as entradas com US$ 224,2 milhões, seguido pelo FBTC da Fidelity com US$ 165,9 milhões. Em seguida veio o ARKB, da Ark Invest, que captou US$ 102,5 milhões, e o GBTC da Grayscale, com US$ 24,1 milhões. Por último, o BITB da Bitwise com US$ 7,3 milhões, de acordo com dados da Farside. Os demais ETFs não registraram entradas no dia.

Desde seu lançamento em janeiro de 2024, os ETFs de Bitcoin atraíram entradas líquidas totais de US$ 60,8 bilhões, com o volume de negociação acumulado nesse período se aproximando da marca de US$ 1,5 trilhão.
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No entanto, o preço do Bitcoin abriu em queda de 0,4% nesta quarta-feira (12) e chegou a cair para US$ 104.700. A criptomoeda registra perdas de 4,5% em novembro, maiores do que a queda de 3,7% vista no mês passado.
ETFs de Bitcoin quebram sequência negativa
Antes de terça-feira, os ETFs enfrentaram um período de forte queda da demanda após o histórico evento de desalavancagem do dia 10. Nos últimos 30 dias, os ETFs perderam um total de 29.008 BTC, marcando o pior fluxo de 30 dias desde março de 2025.
“Embora os fluxos líquidos recentes sejam negativos, eles tendem a se mover em ondas, e os períodos de saída tendem a ser de curta duração em comparação com os períodos de entrada. Consideramos a recente pressão de venda por parte dos detentores de ETFs como um reflexo temporário da redução de riscos e esperamos que os fluxos de 30 dias apresentem uma tendência de alta a partir de agora”, disse Vetle Lunde, chefe de pesqusa da K33 Research.
Para Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, o cenário é diferente. Este padrão de longo prazo mostra uma “demanda cautelosa e episódica” em vez de uma procura sustentada. Ou seja, há buscas pontuais por Bitcoin, mas a demanda institucional não é forte o bastante para sustentar valorizações expressivas.
“A recuperação requer fluxos mais amplos e consistentes para romper a barreira de US$ 108 mil a US$ 110 mil”, afirmou.
Cenário misto para ETFs de altcoins
Enquanto isso, os ETFs de Ethereum (ETH) registraram saídas líquidas de US$ 107,1 milhões na terça-feira, lideradas pelo ETF da da Grayscale, com US$ 75,7 milhões, somando-se a uma sequência negativa que totaliza quase US$ 615 milhões em retiradas neste mês.
Por outro lado, os novos ETFs de Solana atraíram mais US$ 8 milhões em entradas líquidas na terça-feira, com o GSOL da Grayscale superando o BSOL da Bitwise pela primeira vez. Os dois fundos receberam US$ 5,9 milhões e US$ 2,1 milhões, respectivamente.
As entradas acumuladas nos ETFs de Solana desde o início de suas negociações em 28 de outubro chegam a cerca de US$ 350,5 milhões. Com isso, os fundos já registram 11 dias consecutivos de fluxo positivo, um forte contraste com a instabilidade nos ETFs de Bitcoin e Ethereum.
Os ETFs de HBAR e Litecoin, lançados recentemente nos EUA, não registraram entradas no dia, atraindo modestos US$ 71,1 milhões e US$ 4,5 milhões em entradas líquidas acumuladas desde sua estreia em 28 de outubro.


