Em mais um dia de queda, quase todas as criptomoedas do Top 10 registram perdas. A exceção é, novamente, a Tron (TRX), cujo preço valorizou 0,4% nesta quarta-feira (12), mas o Bitcoin hoje teve queda de 0,3% e ficou abaixo de US$ 105 mil.
O preço da Solana (SOL) teve a maior queda do dia: 2,6%, e o Ethereum (ETH) se desvalorizou 1,5%. Os desempenhos foram mistos no Top 100, com o token CC se recuperando da forte queda de ontem e liderando as altas ao subir 17,2%.
Já a memecoin TRUMP caiu 6,8% e teve a maior perda do dia. O valor de mercado das criptomoedas, de acordo com o CoinGecko, caiu 0,6%. Como resultado, ele se manteve na região de US$ 3,6 trilhões.
A combinação entre aversão global ao risco, liquidação de posições alavancadas e falta de fluxo institucional impede uma recuperação consistente no preço do Bitcoin. Tecnicamente, o BTC segue abaixo das médias móveis de 50 e 100 dias, o que reforça o predomínio da tendência de baixa. E as liquidações atingiram US$ 427 milhões, com o Bitcoin respondendo por US$ 119 milhões deste total.

“Caso o suporte em US$ 100 mil seja perdido, o próximo alvo técnico se situa na região de US$ 95 mil. Por outro lado, uma defesa bem sucedida nesse patamar pode abrir espaço para uma recuperação gradual, embora ainda dentro de um cenário de consolidação”, explicou Guilherme Prado, country manager da Bitget.
Este “cenário de consolidação” cria uma barreira que impede o Bitcoin de progredir no seu caminho de alta. E tal barreira tem uma extensão que pode chegar a US$ 10.000 em termos de amplitude de preço.
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Bitcoin encontra “parede de resistência”
O otimismo com a valorização do Bitcoin persistiu até 10 de novembro, quando os preços ultrapassaram US$ 107 mil em meio às esperanças de uma resolução para a paralisação do governo dos EUA. No entanto, a alta perdeu força logo depois, e o Bitcoin recuou para o patamar de US$ 105 mil.
Após a desvalorização, a empresa de análise XWIN Research identificou pelo menos quatro obstáculos imediatos que impedem a alta do Bitcoin. Em primeiro lugar está o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que não garantiu novos cortes de juros.
Neste momento, menos de 70% dos analistas apostam que o Fed cortará os juros na reunião de 10 de dezembro, a última de 2025.
“Embora o Fed tenha cortado as taxas de juros em outubro, o presidente Powell alertou que outro corte em dezembro não é garantido. Isso diminuiu as expectativas de flexibilização monetária e desencadeou vendas em ativos de risco”, observou o relatório.

Além disso, embora o governo Trump pareça favorável ao setor, as medidas regulatórias em nível estadual ainda criam incerteza e desestimulam a participação institucional. E, por fim, as liquidações seguem em níveis elevados, impedindo que o Bitcoin se valorize.
Contudo, a maior barreira identificada pela XWIN Research foi a venda on-chain por detentores de longo prazo (LTHs, na sigla em inglês). A empresa identificou a faixa de US$ 107 mil a US$ 118 mil como uma importante zona de resistência, observando que os investidores de longo prazo (LTHs) têm aumentado seus fluxos de depósitos para exchanges.
De acordo com dados, esse fluxo atingiu quase o dobro dos níveis normais, criando uma fricção de oferta que absorve a pressão de compra. Ou seja, os grandes investidores seguem vendendo Bitcoin e segurando a valorização do preço, apesar do aumento da demanda institucional.

