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Condenação

Criminosos que usavam criptomoedas em fraudes internacionais são condenados à morte

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A China condenou cinco pessoas à pena de morte por envolvimento em uma vasta rede criminosa que usava criptomoedas em fraudes transnacionais. Entre os condenados estão Bai Suocheng e Bai Yingcang, pai e filho, líderes de um dos quatro clãs familiares que controlavam a região de Kokang, em Myanmar, conhecida por abrigar centros de golpes digitais.

A sentença, proferida pelo Tribunal Popular Intermediário de Shenzhen, também determinou a pena de morte com suspensão de dois anos para outras duas pessoas, além de prisão perpétua para cinco acusados. Outros nove réus receberam sentenças que variam entre três e vinte anos de prisão.

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A região de Kokang, no norte de Myanmar, tornou-se um epicentro de esquemas de fraude com criptomoedas, tráfico e extorsão. O sudeste asiático, especialmente Myanmar, Camboja e Laos, concentra hoje os maiores centros de golpes do mundo.

Apenas em junho, os Estados Unidos apreenderam US$ 225 milhões provenientes dessas redes criminosas. No mês passado, o governo americano também confiscou outros US$ 15 bilhões em Bitcoin, resultado de investigações sobre os mesmos grupos.

Enquanto os EUA se concentram em rastrear o dinheiro, a China intensificou a repressão direta aos criminosos. Depois que Myanmar extraditou dez líderes dos golpes para autoridades chinesas no início de 2024, 21 acusados foram julgados em setembro. Agora, a sentença dos principais nomes sinaliza uma mudança de postura firme do governo chinês diante da criminalidade digital.

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Fraudes com criptomoedas se espalham pelo sudeste asiático

O tribunal concluiu que o grupo liderado pela família Bai movimentou 29 bilhões de yuans. Isso equivale a R$ 21,8 bilhões, por meio de fraudes eletrônicas, cassinos ilegais e tráfico de drogas. Assim, as investigações revelaram que os acusados mataram seis cidadãos chineses e provocaram o suicídio de uma vítima, além de inúmeros casos de lesões e sequestros.

Além disso, a mídia estatal destacou que os criminosos usaram a influência familiar e forças armadas locais para estabelecer 41 complexos ilegais. Incluindo o Hotel Baisheng e o Parque Tecnológico Cangsheng, que serviam como fachada para lavagem de dinheiro e exploração da prostituição.

A decisão do tribunal mostra o endurecimento da política chinesa contra crimes ligados a criptomoedas, marcando um alerta internacional. A Tailândia, por exemplo, já havia cortado o fornecimento de energia para centros de golpes em Myanmar, mas os criminosos reativaram as operações com geradores, evidenciando a sofisticação e resiliência dessas redes.

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