O Bitcoin (BTC) registrou na terça-feira (4) sua maior queda em quase cinco meses, chegando a ser negociado abaixo de US$ 99 mil, após uma sequência de fortes vendas no mercado. O movimento derrubou a capitalização total do ativo para US$ 2,03 trilhões, enquanto sua dominância sobre as altcoins subiu para 58,5%, segundo dados da CoinGecko.
A queda ocorre em meio à intensificação da volatilidade no mercado cripto e ao aumento das especulações sobre o início de um novo ciclo de baixa. Ainda assim, o Bitcoin conseguiu se recuperar parcialmente nas horas seguintes, voltando a ser cotado pouco acima de US$ 101 mil na manhã desta quarta-feira (5).
Pressão de venda no Bitcoin hoje após corte de juros
Há apenas uma semana, o Bitcoin havia testado a resistência de US$ 116 mil, mas não conseguiu romper o nível, recuando após sucessivas tentativas frustradas. A pressão aumentou após a decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir as taxas de juros. Em ciclos anteriores, esse movimento impulsionava ativos de risco. Contudo, dessa vez, veio junto a forte realização de lucros.
Entre segunda e terça-feira, o BTC caiu de US$ 110 mil para US$ 104 mil. Em seguida, aprofundou o movimento de baixa até US$ 99 mil, seu menor preço desde junho. O cenário levou analistas de mercado a questionarem se o ativo estaria prestes a entrar em uma fase prolongada de correção.
Altcoins em retração e poucas exceções positivas
O declínio do Bitcoin arrastou a maioria das principais criptomoedas alternativas (altcoins). O Ethereum (ETH), por exemplo, caiu de US$ 3.900 para menos de US$ 3.300, apagando todos os ganhos acumulados no ano. A maior altcoin do mercado registra uma queda diária de 6,1% – a maior do Top 10.
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Outros grandes ativos, como BNB, XRP, SOL, ADA, LINK, DOGE, BCH e XLM, também registraram quedas significativas nas últimas 24 horas. No Top 100, as maiores quedas diárias são de: HASH, DASH e TAO, com desvalorizações de dois dígitos.
HYPE, ASTER e BGB na contramão
Apesar do quadro negativo, algumas exceções chamaram atenção. Os tokens ASTER, HYPE e ZEC apresentaram recuperação de 7% a 8%, impulsionados por compras pontuais após quedas acentuadas.
No consolidado, a capitalização total do mercado de criptomoedas chegou a perder mais de US$ 400 bilhões entre segunda e quarta-feira. Agora, o “market cap“, se estabilizou em US$ 3,45 trilhões, indicando que o movimento de correção ainda pode não ter chegado ao fim.