O Bitcoin (BTC) voltou a recuar nesta terça-feira (4), caindo cerca de 3% e rompendo a importante zona de suporte em torno de US$ 107 mil, que se manteve estável por mais de quatro meses. A perda desse patamar, segundo dados da CryptoQuant, aumenta o risco de uma nova onda de correção no mercado.
Desde meados de junho, o intervalo entre US$ 107 mil e US$ 123 mil vinha servindo como uma faixa de equilíbrio entre compradores e vendedores. Entretanto, o rompimento da base dessa estrutura sinaliza enfraquecimento do suporte.

Apesar disso, dados on-chain da Binance indicam um movimento crescente de retirada de Bitcoin das corretoras. Isso sugere comportamento de acumulação entre alguns investidores.
Bitcoin: risco ou oportunidade?
A média móvel de sete dias de endereços de retirada na Binance subiu de aproximadamente 340, em 30 de outubro, para cerca de 418 na segunda-feira. Esse aumento é um sinal de que mais participantes estão transferindo seus BTC para carteiras próprias – comportamento historicamente associado à intenção de manter os ativos a longo prazo, e não de vendê-los.
No entanto, a CryptoQuant destaca que essa métrica isolada não garante a manutenção do suporte. A força dessa acumulação precisaria superar a pressão vendedora atual para reverter a tendência. Com o BTC agora negociado próximo de US$ 104 mil, analistas acompanham se o movimento de retiradas continuará crescendo ou se começará a perder fôlego.
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Investidores de curto prazo voltam a acumular
Outro dado observado pela CryptoQuant envolve o comportamento dos detentores de curto prazo, classificados em dois grupos:
- Aqueles que mantêm Bitcoin entre um e três meses
- Aqueles que possuem os ativos de três a seis meses.
Esses investidores costumam reagir de forma mais rápida durante períodos de correção.
Historicamente, o preço realizado do grupo de um a três meses atua como uma linha de defesa inicial em ciclos de alta. Enquanto isso, o grupo de três a seis meses tende a acumular mais quando o mercado cripto recua.
Essa segunda faixa voltou a apresentar sinais de compra, embora o movimento ainda seja incipiente. Isso indica que os investidores podem estar aguardando preços ainda mais baixos para aumentar suas posições.
Divergência entre analistas sobre próximos passos
Enquanto parte do mercado acredita que o Bitcoin pode estar repetindo padrões anteriores de queda antes de uma retomada, outros analistas veem a possibilidade de novas mínimas. O trader Merlijn The Trader, por exemplo, comparou o atual movimento ao crash de 2017. Segundo ele, o mercado estaria passando por um “período de dor máxima”. No entanto, esse estágio poderia anteceder uma nova fase de valorização.
“O Bitcoin está repetindo o padrão da queda de 2017 (…). Prepare-se para a dor máxima. Isso não é capitulação.
É a plataforma de lançamento disfarçada. Prepare-se. Sobreviva. Acumule”, escreveu ele em sua conta no X.
Em sentido oposto, o analista Doctor Profit mantém a previsão de que o BTC pode cair abaixo de US$ 100 mil nas próximas semanas. Conforme destacou Profit, o rompimento do suporte de US$ 107 mil torna esse cenário cada vez mais provável.
Já CryptoJelleNL alertou que, caso o preço caia para a faixa dos cinco dígitos, o Bitcoin pode entrar novamente em um período prolongado de consolidação.

