As autoridades internacionais estão acompanhando de perto os movimentos de carteiras de Bitcoin associadas ao empresário golpista Chen Zhi. Ele é acusado de comandar uma das maiores redes de fraudes com criptomoedas do mundo. A Arkham Intelligence analisou os dados on-chain e identificou que carteiras associadas a Chen Zhi transferiram 15.959 BTC, equivalentes a US$ 1,72 bilhão, para novos endereços digitais.
Essas carteiras pertencem ao Prince Holding Group, conglomerado que Chen fundou no Camboja e que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos descreve como o centro de uma operação global de golpes financeiros e trabalho forçado.
As transferências ocorreram logo após o Tesouro dos EUA sancionar uma série de endereços relacionados à organização.
O governo dos Estados Unidos acusa Chen Zhi, que permanece foragido, de cometer fraude eletrônica e lavar dinheiro. As investigações indicam que o Prince Holding Group movimentou bilhões de dólares em criptomoedas. Eles estavam explorando trabalhadores e vítimas em diversos países da Ásia.
O governo dos Estados Unidos apreendeu 127.271 Bitcoins, avaliados em mais de US$ 14 bilhões, vinculados à operação. A ação representa a maior apreensão de criptomoedas da história do Departamento de Justiça. No entanto, os US$ 1,7 bilhão recentemente movimentado não fazem parte desse montante — trata-se de outros fundos da organização, ainda sob controle de carteiras associadas a Chen.
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Golpista movimentava dinheiro com Bitcoin
A Arkham Intelligence sugere que as movimentações podem ter o objetivo de ofuscar conexões com os endereços já sancionados. Para especialistas, isso indica que a rede de Chen Zhi continua ativa, apesar das investigações em andamento e da pressão das autoridades internacionais.
As origens dos fundos permanecem envoltas em controvérsia. De acordo com a Arkham, os Bitcoins confiscados pelos EUA seriam os mesmos roubados da pool de mineração chinesa LuBian, em 2020. O Departamento de Justiça, porém, afirmou que a LuBian teria sido usada pela Prince Holding para lavar os ativos digitais obtidos em golpes.
Essa contradição alimenta teorias de bastidores sobre quem realmente controlava os bitcoins. A empresa de análise Elliptic afirmou que “ainda não está claro como o Bitcoin chegou à custódia dos EUA” e que não há provas definitivas de um roubo real.

