Após fortes quedas na semana passada, o Bitcoin hoje se recuperou e voltou ao patamar dos US$ 110 mil, com alta de 3,1% nas últimas 24 horas. Já nas últimas duas semanas, o Bitcoin se desvalorizou 12,3% e ampliou as quedas de outubro para 2,54%.
O Ethereum (ETH) se valorizou os mesmos 3,1% e abriu o dia valendo US$ 4.041, mas quem liderou os ganhos do Top 10 foi a XRP, que subiu 3,8%. A BNB se valorizou 2%, Dogecoin (DOGE) teve alta de 1,6% e a Solana (SOL) subiu 0,95.
Já a Chainlink (LINK) subiu 10% e liderou os ganhos do Top 100, ao passo que a Zcash (ZEC) se valorizou 9,2%. Por outro lado, o token LEO, da Bitfinex, caiu 2,9% e liderou as perdas do dia, seguido pela ENA com queda de 2,8%.
Apesar dessa recuperação, o mês de outubro está destoando do padrão de alta que se vê normalmente. O preço do Bitcoin, por exemplo, registra seu pior resultado para o mês desde 2018, quando caiu 3,83%. Guilherme Prado, country manager da Bitget, explica que parte desse movimento tem a ver com a valorização do ouro.
“Enquanto isso, a demanda por ouro permanece forte, com o metal renovando máximas históricas em meio às incertezas econômicas e geopolíticas. Esse movimento tem levado investidores a priorizarem ativos de proteção tradicionais, reduzindo a exposição a criptomoedas”, disse Prado.
“Baleia de insiders” volta a apostar contra o Bitcoin
Em um novo desdobramento desse momento de baixa, uma “baleia de insiders” abriu US$ 255 milhões em posições compradas em Bitcoin e ETH. Isso ocorreu após o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmar sua próxima reunião em 31 de outubro com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula da APEC.
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Conforme noticiou o CriptoFácil, há esperança de que as relações entre EUA e China possam estar melhorando. Trump afirmou que as tarifas de 100% impostas contra a China não permanecerão. E a princípio ele recusou se encontrar com Xi Jinping, mas depois confirmou o encontro.
Há apenas uma semana, o presidente Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre produtos chineses. Isso levou a uma grande liquidação nos mercados tradicionais e de criptomoedas. Foi nesse contexto que as criptomoedas enfrentaram liquidações de US$ 19 bilhões, a maior de toda a história.
No entanto, Trump garantiu aos americanos que “tudo ficará bem” com a China. Ele chamou Xi Jinping de “altamente respeitado” e descreveu a crise econômica da China como “apenas um momento ruim”.
Quanto ao trader que abriu as posições, ele tem um histórico de abrir negociações em momentos de alta volatilidade. Até hoje ele sempre obteve lucro, o que fez suas operações ganharem destaque. Muitos acreditam que o trader possui informações privilegiadas e, portanto, consegue se antecipar e fazer grandes operações no mercado.
O que esperar da cúpula Trump/Xi
Agora, com a volatilidade do mercado antes dessa reunião EUA com a China, os investidores especulam sobre o que isso pode significar. Especialistas veem isso como um sinal de que a baleia espera um alívio nas tensões e uma potencial recuperação no mercado de criptomoedas.
Enquanto isso, eventos positivos na estratégia comercial da China levaram a mais especulações. Pequim recentemente removeu Li Chenggang, seu embaixador na Organização Mundial do Comércio (OMC). Essa é uma medida que muitos analistas interpretam como parte de uma mudança estratégica em direção a negociações bilaterais com os EUA.
O anúncio é positivo porque Li havia entrado em conflito com autoridades dos EUA, incluindo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre disputas comerciais. Sua remoção repentina sinaliza que a China deve tratar as negociações com os EUA sobre um prisma mais favorável.
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