A Coinbase deu mais um passo para consolidar a ambição de Brian Armstrong de transformar a companhia na exchange completa. A empresa protocolou um pedido de carta junto ao Office of the Comptroller of the Currency (OCC). Movimento que, se aprovado, permite oferecer serviços de custódia e banking relacionados em escala nacional.
O mercado interpretou o movimento como uma forma de ampliar receitas de serviços, destravar parcerias bancárias e acelerar a adoção institucional de cripto. Internamente, porém, o discurso é cauteloso.
Greg Tusar, vice-presidente de Produto Institucional, frisa que a Coinbase não busca se tornar um banco. A meta é fortalecer a pilha de infraestrutura que presta serviços para quem já é regulado.
Coinbase aposta em infraestrutura e na expansão do ecossistema
Enquanto avança na frente regulatória, a Coinbase diversifica produtos para reduzir dependência de volumes spot. A companhia opera a Base, solução L2 que ajuda a escalabilidade blockchains.
Recentemente, o líder de desenvolvimento da Base, Jesse Pollack, revelou o estudo de um token de rede. Além disso, a exchange vem ampliando o portfólio de derivativos com contratos que vão além de cripto, incluindo equity index futures atrelados às ‘7 Magnificas’.
A tese é criar um hub que conecte ativos digitais, tokenização e mercados tradicionais, oferecendo desde custódia qualificada até negociação em compliance com diferentes jurisdições. Com a ampliação de seus serviços, a Coinbase caminha para disputar a primeira posição entre as melhores corretoras de criptomoedas com Binance.
No varejo, a Robinhood expande ofertas para atrair novos públicos oferecendo serviços de mercados de previsão a ações tokenizadas na União Europeia. No pilar de pagamentos e stablecoins, a Circle prepara a Arc, uma blockchain de L1 voltada a capitais, pagamentos e câmbio com USDC, reforçando a agenda de uso real.
O tabuleiro aponta para convergência entre infraestrutura cripto e rails financeiros clássicos, com emissores, exchanges e wallets buscando selos regulatórios e escala.
Avaliação e expectativas
No ano, as ações da Coinbase acumulam alta expressiva, mas negociam a múltiplos elevados frente ao setor. Refletindo, assim, prêmio por liderança, marca e posição regulatória.
As estimativas de receita para 2025 e 2026 indicam crescimento, enquanto as de lucro preveem compressão. Portanto, sugerindo que a execução — seja na Base, no mix de produtos, seja na travessia regulatória do OCC — será o fiel da balança.
Por isso, aprovações de licenças, tração de clientes institucionais e a evolução do mercado de tokenização são variáveis que podem destravar novos vetores de receita.
Como capturar a tese com HYLQ
Para o investidor que vê valor na tese de ações cripto — empresas de infraestrutura, exchanges reguladas, players de pagamentos em stablecoins e companhias que carregam tesouraria em Bitcoin — construir exposição ativa papel a papel implica custo de transação, assimetria de informações e risco de timing.
É aqui que entra a HYLQ: um veículo pensado para simplificar a alocação nessa fronteira entre cripto e mercado tradicional.
Desse modo, combinando nomes que se beneficiam da migração de liquidez, da institucionalização de custódia e do crescimento de receitas não-cíclicas (assinaturas, serviços de compliance, taxas de rede e tokenização).
Em vez de perseguir cada anúncio, como o pedido de carta ao OCC da Coinbase, o investidor pode acessar a tese de forma diversificada, com rebalanceamentos táticos e curadoria voltada a empresas que capturam esse ciclo de integração cripto-TradFi.
Se a Coinbase destravar um novo corredor institucional, se a Circle ampliar casos de uso do USDC ou se emissores tokenizarem ativos em larga escala, HYLQ busca estar posicionado para refletir esses avanços em portfólio, reduzindo o atrito operacional do investidor final.
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