Um consórcio de dez grandes instituições financeiras internacionais anunciou nesta sexta-feira (10) a exploração conjunta da emissão de uma moeda digital (stablecoin) respaldada por reservas, com paridade de 1:1 com moedas fiduciárias do G7. O projeto visa criar um ativo de pagamento estável disponível em blockchains públicas, com foco nas principais moedas globais.
De acordo com comunicado, o grupo inclui Banco Santander, Bank of America, Barclays, BNP Paribas, Citi, Deutsche Bank, Goldman Sachs, MUFG Bank Ltd, TD Bank Group e UBS. Essas instituições são classificadas como bancos globalmente sistemicamente importantes (G-SIBs).
Stablecoin global do G7
O projeto busca avaliar se a emissão de ativos digitais respaldados por reservas pode trazer benefícios dos ativos digitais e aumentar a competitividade no mercado. Ao mesmo tempo, garante total conformidade com os requisitos regulatórios e as melhores práticas de gestão de riscos.
O consórcio está em contato com reguladores e supervisores em cada mercado relevante. Conforme informaram no comunicado, o grupo continuará a manter as partes apropriadas atualizadas à medida que o projeto avança.
Grandes bancos globais, incluindo o Bank of America, já manifestaram interesse em emitir uma stablecoin, sobretudo após a nova legislação nos EUA ter proporcionado clareza regulatória. Contudo, este mercado é atualmente dominado por empresas cripto-nativas.
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A Circle e a Tether são as duas maiores emissoras do mundo de stablecoins, responsáveis pelas moedas digitais estáveis USDC e USDT, respectivamente. A USDT tem um valor de mercado de US$ 178,6 bilhões enquanto a USDC tem um “market cap” de US$ 75,1 bilhões, segundo duas das maiores criptomoedas do mercado.
Outra gigante envolvida com stablecoin é o PayPal, com sua moeda digital PYUSD que possui um valor de mercado de US$ 2,5 bilhões e segue em crescimento.