O mercado de stablecoins está crescendo a um ritmo acelerado e pode atingir a marca de US$ 4 trilhões até o final da década. É o que aponta um relatório revisado do Citi, um dos maiores bancos globais. O banco dos EUA elevou suas projeções anteriores com base na rápida expansão observada em 2025.
De acordo com o estudo, o volume de stablecoins em circulação saltou de aproximadamente US$ 200 bilhões no início do ano para US$ 280 bilhões em setembro.
Diante desse crescimento mais rápido que o esperado, o Citi ajustou sua previsão para 2030. Agora, o cenário mais pessimista é de US$ 1,9 trilhão em emissões. Enquanto isso, um cenário de “bull case” projeta um mercado de US$ 4 trilhões.
O impacto vai além do valor armazenado. O relatório destaca que, se as stablecoins circularem a uma velocidade comparável às moedas fiduciárias tradicionais, elas poderão sustentar um volume anual de transações astronômico: até US$ 100 trilhões no cenário base e US$ 200 trilhões no cenário mais otimista.
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Mercado de stablecoins em alta
O banco caracteriza essa aceleração como o “momento ChatGPT” da blockchain. Isso significa que a tecnologia está atingindo um ponto de inflexão. As empresas digitalmente nativas estão liderando sua adoção para transações comerciais do mundo real, impulsionadas pela eficiência, transparência e velocidade das redes distribuídas.
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Apesar do crescimento explosivo das stablecoins, o relatório do Citi sugere que elas podem não reinar sozinhas no futuro das finanças on-chain. Uma categoria alternativa, os “tokens bancários” – como depósitos tokenizados emitidos por bancos tradicionais – tem potencial para superar as stablecoins em volume de transações.
O motor por trás dessa tendência seria a demanda corporativa por maior segurança regulatória, liquidação em tempo real e conformidade embutida. Para grandes empresas, a garantia oferecida por uma instituição financeira regulamentada pode ser mais atraente do que a natureza descentralizada de muitas stablecoins.
Corrida das stablecoins
O Citi estima que mesmo uma pequena migração dos sistemas bancários tradicionais para blockchains pode levar o volume de transações com tokens bancários a ultrapassar US$ 100 trilhões até 2030.
A ascensão das stablecoins ganhou um impulso decisivo com a aprovação da Lei GENIUS. Abraçada por Donald Trump, a legislação se tornou o primeiro marco regulatório federal para o setor, injetando segurança jurídica e acelerando uma corrida bilionária entre empresas pela dominância do mercado.
Nesse contexto competitivo, a gigante Tether anunciou que estuda realizar uma série de vendas de títulos (bond sales) que poderiam elevar a empresa a patamares de valorização comparáveis aos de líderes tecnológicas como OpenAI e SpaceX.